Um paciente que reclamava da demora para ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasília em Cascavel, no oeste do Paraná, foi rendido e teve uma arma apontada para si por dois guardar municipais que chegaram ao local. A situação foi registrada no último sábado (7). (Assista abaixo)
De acordo com testemunhas, que filmaram a ação dos guardas, o homem estava alterado e exigia atendimento médico depois de esperar cerca de 10h na unidade de saúde. No entanto, ele não havia ameaçado ninguém e pedia agilidade por todos os outros pacientes.
Quando os guardas chegaram já com a arma em punho e ordenaram que o paciente colocasse as mãos na cabeça, todos os presentes, que também aguardavam por consultas no local, deram razão ao homem, e reivindicaram para que ele não fosse preso.
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O que diz a GM
A Guarda Municipal declarou que o paciente estava sendo monitorado pelas câmeras de segurança e que os guardas foram até lá depois que percebera que ele estava “exaltado além da conta”. Além disso, a GM declarou que o homem tem passagens pela polícia, uma delas, inclusive, por tentativa de latrocínio e, por isso, agiram daquela forma.
Demora nas consultas
Em nota, o setor de Emergências, da Secretaria de Saúde, afirmou que no momento da confusão, todos os médicos da unidade estavam atendendo. Conforme a administração municipal, a demora nas consultas ocorreu porque a cidade teve um crescimento elevado no número de pacientes por conta dos casos de dengue e os profissionais não estão dando conta. Leia na íntegra:
“Nesta última sexta-feira, a UPA Brasília apresentou um volume extremamente grande de consultas. Em 24 horas, registrou 340 consultas realizadas, acima da média de 260 consultas/dia. O número de médicos era correto – três nos consultórios durante todo o dia e noite. Para amenizar, alguns pacientes foram atendidos na UPA Tancredo e até mesmo o médico que fica na enfermaria com os pacientes internados realizou consultas em determinado período. A UPA Veneza, entre adultos e crianças, realizou 378 consultas. Sintomas de dengue são o principal motivo da demanda. A cada quatro pessoas que procuraram por consulta, três apresentavam sintomas de dengue”.
