
O crime foi planejado pela mulher e pelo amante, que é soldado do Exército Brasileiro; ambos foram detidos
A morte do policial militar Marcos Rodrigues Ferreira, 40 anos, teve uma reviravolta entre a tarde desta sexta-feira (28) e a madrugada deste sábado (29). A esposa dele, Karla Fernanda Menezes Ferreira teria confessado que mandou matar o marido e a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegou até o executor do crime. Ambos foram detidos e até a arma usada no assassinato foi encontrada.
A esposa do policial se apresentou, espontaneamente, para prestar depoimento à DHPP perto das 14h desta sexta-feira. A delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, chegou a dar entrevista, mas não podia dar detalhes sobre o que já sabia para não atrapalhar as investigações. A prisão temporária dela foi decretada no começo da tarde deste sábado.
Durante mais de oito horas de interrogatório, Karla confessou com riqueza de detalhes como todo o crime teria sido planejado e aconteceu. Extraoficialmente, a defesa da mulher disse que ela confessou ser a mandante do crime e teria encomendado a morte do marido.
Segundo ela, o motivo seriam as constantes agressões, mas isso tudo ainda vai ser apurado pela polícia, que acredita até que essa versão contada pela mulher possa ser uma tática para tentar explicar o que aconteceu. No local do crime, amigos e familiares não pouparam elogios ao policial.
Durante a madrugada, equipes da DHPP foram para a rua, já com informações sobre quem era o mandante e em busca de prendê-lo. Alguns colegas do soldado morto, que fazem parte do serviço reservado da Polícia Militar, participaram das buscas. Por volta das 4h deste sábado, o soldado Fernando Lemes, do Exército Brasileiro, foi preso numa ação dos investigadores da DHPP com policiais do 13º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
Crime planejado
Segundo o que a polícia descobriu, Karla e Fernando eram amantes. Eles arquitetaram a morte de Marcos e foi um planejamento passo a passo. A arma utilizada no crime foi a pistola da corporação, que estava com o soldado Ferreira.
Conforme as investigações, a esposa conseguiu, disfarçadamente, pegar a arma e deixá-la dentro do carro da vítima. Logo em seguida, com o portão aberto, o executor invadiu a casa da família, pegou antes a pistola do policial, e atirou contra o soldado da PM. O disparo, certeiro, atingiu o ombro do policial e perfurou os pulmões dele.
Arma apreendida
Com Fernando, a polícia encontrou a arma usada no crime. Em entrevista coletiva, a polícia deve apresentar mais detalhes sobre o esclarecimento do caso. A participação de outra pessoa também não está descartada.
O crime
O soldado Marcos Rodrigues Ferreira foi assassinado dentro de casa, no bairro Campo de Santana, na noite de quarta-feira (26). Em um primeiro momento, a polícia acreditava que se tratava de um latrocínio (roubo seguido de morte), já que o carro do policial foi levado na ação e foi abandonado logo em seguida, há 500 metros da residência. Essa possibilidade, no entanto, foi descartada dias depois.
Karla era casada com o soldado da PM há 16 anos. O casal tem dois filhos, de três e de 12 anos. Antes de revelar a verdade, com frieza, a mulher participou do sepultamento do marido e chegou a fazer, em um dos momentos, o filho beijar o caixão do pai.
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