Maringá - Rafael Juliano Marascalchi, Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira e Diego Henrique Afonso estão desaparecidos desde o dia 5 de agosto, após irem até uma propriedade rural para fazer uma cobrança, em Icaraíma, no Noroeste do Paraná. Após 40 dias do desaparecimento, a esposa de Diego conversou exclusivamente com a Ric RECORD Maringá e fez apelos aos suspeitos.

Fabricia Pellini, esposa de Diego, afirmou que desde a descoberta do carro enterrado em um bunker, a família está em choque. “Desde sexta-feira estamos praticamente à base de remédio”, desabafou.
Além disso, Fabricia explicou que não recebeu essa informação das autoridades, mas por meio de reportagens.
“Não ficamos sabendo da informação por meio de autoridade nenhuma, ficamos sabendo pela televisão”, apontou Fabricia.
Cobradores desaparecidos em Icaraíma
Os quatro homens desapareceram no dia 5 de agosto, quando não enviaram mais notícias às famílias, após irem até uma chácara para cobrar uma dívida de R$ 250 mil.
Diego saiu de Olímpia, no interior do estado de São Paulo, junto dos amigos Rafael e Robishley, moradores de São José do Rio Preto (SP), para tentar receber cerca de R$ 250 mil referentes à negociação de uma propriedade rural.
O grupo viajou no dia 4 de agosto e chegou à cidade paranaense no fim da tarde. Lá, eles teriam se encontrado com Alencar.
Durante a entrevista exclusiva com a Ric RECORD, Fabricia revelou que tem passado por dias difíceis e que nunca ficou tanto tempo sem falar com Diego.
“São dias de desespero, porque quando somos casados, temos convívio todos os dias, né. Mesmo quando ele sai, vai para a casa de amigos, nunca ficamos sem conversar. Depois desse dia 5, acabou, acabou com a família de todo mundo”, relatou a esposa.
Suspeitos seguem foragidos
Antonio Buscariollo, de 66 anos, também conhecido como Tonhão, e o filho, Paulo Ricardo, de 22, estão foragidos desde o desaparecimento dos quatro homens.
Pai e filho seguem sendo procurados. No momento da entrevista, Fabrícia fez um apelo aos suspeitos e pediu para que se entregassem à polícia.
“Nosso sentimento é de desespero, porque queremos uma resposta, de todo jeito. E sobre a família [os Buscariollo], a gente quer que eles sejam encontrados, porque com certeza eles estão acompanhando as reportagens, talvez possam se entregar, ou falem onde está, o que fizeram”, disse.
Os suspeitos teriam feito duas compras no dia 6 de agosto, a primeira de manhã e a segunda no período da noite. O valor seria de aproximadamente R$ 10 mil, com pagamento à vista, em dinheiro.
As notas fiscais servem de indício para a polícia de que os suspeitos já tinham a intenção de fugir depois de serem informados que eram investigados pelo desaparecimento. Além disso, essa movimentação reforçou a tese das autoridades de que o possível assassinato dos quatro homens teria sido planejado.
Em uma das notas fiscais é possível identificar um gasto de aproximadamente R$ 1.430 em bebidas alcoólicas, incluindo diversas garrafas de cachaça, vinho, chopp e whisky.
Os suspeitos também compraram alguns itens que chamam a atenção pela quantidade, como 107 unidades de sabonete, sete caixas de energético e quatro esponjas.
*Com supervisão de Jorge de Sousa
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