Aline Tomaz de Miranda, de 28 anos, esposa do enfermeiro que foi encontrado carbonizado dentro do próprio veículo na zona rural de Maringá, no noroeste do Paraná, foi presa no fim da tarde desta quinta-feira (14) por suspeita de estar envolvida no crime. 

De acordo com a Polícia Civil, a mulher passou a ser suspeita pela morte de Ubyara Delamura Alencar, de 56 anos, depois que prestou um depoimento contraditório na delegacia

Entenda a morte do enfermeiro

Foi a própria Aline quem avisou a polícia sobre o suposto sequestro do enfermeiro na noite de terça-feira (13). Segundo contou na ocasião, os dois saiam de uma lanchonete quando foram abordados por um desconhecido e rendidos. Na sequência, essa pessoa teria obrigada o Ubyara a dirigir o veículo até zona rural da cidade, e, em determinado momento, libertado Aline. Ela então, teria voltado andando até que encontrou residência onde pôde pedir ajuda e ligar para a Polícia Militar. 

Na delegacia, Aline disse que não sabia que o marido seria morto. (Foto: Reprodução/RIC Record TV)

Após receber a informação, equipes policiais passaram a realizar um patrulhamento na região até que encontram o carro do enfermeiro completamente queimado e a vítima carbonizada no banco de passageiro. Devido ao estado do corpo não foi possível determinar como Ubyara foi morto. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) deverá esclarecer a causa mortis.

Esposa admite que conhecia assassino

No entanto, quando os policiais conversam com a esposa do enfermeiro, ela acabou confessando que conhecia o ‘sequestrador’ e que os dois haviam planejado dar um susto em Ubyara para que pudessem assumir um romance. “Essa pessoa, segundo ela mesmo disse, abordou eles no local, onde eles estavam, na saída, porque ela indicou via mensagem onde eles estariam e ela já tinha conhecimento que a intenção desse autor que ela indicou, seria de aplicar um susto na vítima, com a intenção de que a vítima largasse dele e ele pudesse ficar com ela. Isso foi ela mesmo confirmando isso, através do interrogatório. Só que ela alega que, na verdade, ela não teve participação no crime. Ela nega a princípio a autoria, mas, por outro lado, ela confidencia toda essa circunstância que no meu entendimento indica sim o envolvimento dela no crime”, explicou o delegado Diego Elias de Almeida. 

Para o delegado, a motivação do assassinato do enfermeiro foi financeira. “Ficou notório para nós que a motivação é em relação a herança dele. Até porque ela está casada com ele com regime universal de bens, casada recentemente, se não me engano de 2018. A gente já tem essa Certidão de Casamento e ela confirma que ela terminou com ele, num determinado período de tempo, ficou dois meses terminada com ele, e depois retornou. A gente descobriu que ele mora numa casa avaliada em R$ 600 mil e no mercado, ele também tinha um salário bom que ele ganhava como enfermeiro. Por conta de todas as circunstâncias, nós entendemos que a intenção dela seria se apropriar da herança dele”, completou ainda Almeida.

A Justiça expediu uma prisão temporária para Aline, válida por 30 dias. Já o autor do homicídio é considerado foragido