Ellen Homiak foi com a polícia até a área rural de Araucária onde enterrou os membros do marido (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

Ellen Homiak mostrou cova onde estavam enterradas as pernas do marido, Rodrigo Federizzi, nesta terça-feira (16); veja vídeo

A Polícia Civil divulgou, na tarde desta terça-feira (16), um vídeo que mostra o momento em que Ellen Homiak indica aos perítos do Instituto Médico-Legal (IML) o local onde enterrou as pernas do marido, o soldado da Polícia Militar (PM) Rodrigo Federizzi, de 32 anos.

De acordo com a polícia, os membros inferiores do soldado estavam dentro de sacos plásticos enterrados na beira de um matagal a cerca de cinco quilômetros de onde foi encontrado o corpo. O policial estava desaparecido desde o dia 28 de julho. 

Ellen, que está presa desde quarta-feira (10) por suspeita de envolvimento no crime, confessou na noite de segunda-feira (15), após três horas de depoimentos, ter matado o marido e desovado o corpo na zona rural de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O corpo foi encontrado no domingo (14).

De acordo com Ellen, o assassinato foi motivado por uma discussão entre o casal. Ela executou o marido com um tiro, enquanto ele dormia, e cortou as pernas da vítima para facilitar o transporte do corpo. A polícia não encontrou a arma do policial, que segundo Ellen, foi usada para matá-lo.

Confira o vídeo divulgado pela Polícia Civil:

Sepultamento
Rodrigo Federizzi foi enterrado na manhã de segunda-feira, após um cortejo da corporação e da Guarda Municipal de Curitiba. A cerimônia foi fechada a pedido da família e o filho do casal, de nove anos, não participou das homenagens.

Versão inicial
A esposa do soldado disse em depoimento à polícia na tarde de sexta-feira (12) que o marido está morto e que ela sabe quem o matou. No entanto, ela negou que tenha envolvimento no crime. Inicialmente, Ellen afirmava que o marido teria sumido após tentar investigar, por conta própria, um suposto assalto da qual a mulher teria sido vítima. De acordo com as investigações da polícia, esse assalto não aconteceu.

Atitudes suspeitas
A Polícia Civil realizou buscas na casa da família, no bairro Tatuquara, e encontrou vestígios de sangue no banheiro e no quarto do casal. Também foi encontrado sangue em uma pequena serra.

O filho do casal, de nove anos, prestou depoimento e afirmou que no dia do crime ouviu um estampido e que, logo em seguida, a mãe o teria mandado ir brincar no parquinho do condomínio onde moravam.

Outro fato que chamou a atenção da polícia foi o de que a vítima desapareceu no dia 28 e o Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o caso só foi registrado pela esposa no dia 30.