52 estudantes de da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) tiveram um prejuízo de R$ 170 mil após uma agência cancelar a viagem da turma à Bahia. De acordo com a agência de turismo Kairós Viagens e Peregrinações, o montante é de cerca de R$ 120 mil.

Os alunos do terceiro ano da graduação iriam para a Bahia em dezembro, como tradição da faculdade. A viagem é a celebração do encerramento do Ciclo Básico, cursado nos três primeiros anos da graduação.
Entretanto, após pagarem R$ 170 mil à agência de turismo, os estudantes de medicina descobriram que a viagem seria cancelada. Em uma publicação no Instagram feita no dia 8 de julho, a empresa anunciou que as atividades da agência estava suspensas.
Assim que tomaram ciência dos problemas, os alunos entraram em contato com o dono da agência, Ricardo Ribeiro Rodrigues. De acordo com Elisa Nogueira Barbosa, uma das estudantes afetadas, o empresário se reuniu com os alunos para tratar do assunto.
“Ele fez uma reunião com todos os aderidos e garantiu que faria a emissão das passagens aéreas até o dia 8 de agosto”, relatou Elisa. “Nós confiamos e aguardamos.”
Dono de agência de turismo não devolveu dinheiro de viagem cancelada aos estudantes de medicina
Contudo, no dia 8 de agosto, Rodrigues entrou em contato novamente com os alunos e informou que não realizaria o passeio e nem devolveria o dinheiro. Imediatamente, alguns estudantes cancelaram o pagamento da viagem pelo cartão de crédito.
Além disso, os futuros médicos afirmam que registraram um boletim de ocorrência eletrônico e colhem provas para ir à delegacia. A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) foi questionada e a reportagem aguarda retorno.
“A única forma que tínhamos de entregar a viagem era cancelando todos os demais cartões e depois passá-los diretamente na companhia aérea e no hotel”, disse Rodrigues em mensagem ao estudantes. “Contudo, diante da insegurança e desconfiança do grupo com relação à empresa, não me restou alternativa senão fazer o cancelamento total da viagem.”
De acordo com a empresa de viagens, a agência está em busca de soluções para o problema. Segundo a nota enviada ao Estadão, o cancelamento da viagem ocorreu por conta de uma “crise operacional de grande magnitude”, e não por má-fé ou negligência.
“É fundamental ressaltar que o presente cenário se configura como um ilícito civil, decorrente de falha na prestação de serviço por parte de terceiros, e não como estelionato ou ‘golpe'”, diz a assessoria jurídica da agência.
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