“Nós estamos trabalhando com um estuprador em série, porque além da Rachel Genofre, nós temos os casos de São Paulo, que na maioria das vezes são crianças”, declarou Marcos Fontes, delegado da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O suspeito pela morte da menina encontrada na Rodoferroviária de Curitiba teve a identidade divulgada na tarde de ontem (19) pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp).

Estuprador em série foi identificado por banco de dados

Durante entrevista com o apresentador Ricardo Vilches, do Paraná no Ar, Fontes declarou que muitas perguntas devem ser respondidas nos próximos meses, já que o suspeito deve ser transferido para o Paraná. “Sim, nós estamos diante de um estuprador em série. Agora, será que ele queria se desfazer do corpo ou era uma forma de provocação? Será que foi um desafio para a polícia ou um ato de desespero?”

O delegado ainda declarou que a possibilidade de Carlos Eduardo dos Santos permanecer calado durante o interrogatório existe, mas que a prova é inquestionável.

“Na maioria dos casos trabalhamos com provas testemunhais, e é muito comum pessoas ligadas ao caso darem versões que mudem ao longo do tempo. Agora, ele pode dizer o que ele quiser, essa é uma prova técnica, inquestionável.”

Por fim, Fontes contou que a divulgação da identificação do suspeito demorou porque quando o match é feito é preciso realizar diversos confrontos. “Depois do match, o confronto foi feito pela perícia de São Paulo separadamente e a do Paraná realizou o mesmo processo. Em seguida, um novo confronto foi realizado.”

Assista à entrevista completa abaixo!

Rachel Genofre desapareceu após sair da escola

Rachel Genofre desapareceu no dia 03 de novembro de 2008, após sair da escola, que fica na Rua Emiliano Perneta, no centro de Curitiba, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo à Praça Rui Barbosa.

O corpo foi encontrado na madrugada do dia 05 de novembro, dois dias depois do desaparecimento, dentro de uma mala, embaixo de uma escada na Rodoferroviária de Curitiba.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a menina foi estuprada, agredida, queimada com cigarromorta por asfixia. No ano passado, a mãe da vítima afirmou que lutava por justiça para o caso não se repetir.  “Eu quero ter certeza que ele está fora de circulação, para que nenhuma outra criança sofra nada próximo do que minha filha sofreu”, afirmou emocionada Maria Cristina Lobo de Oliveira.

“O sentimento de saudade é aterrorizante, não tem uma coisa em específico que causa mais revolta, não é uma coisa em específico, é tudo.”

Família de Raquel espera a condenação do suspeito

Em nota, o escritório de advocacia Daniel da Costa Gaspar, que representa a família de Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, nome completo da vítima, agradeceu em nome dos familiares o “imenso apoio popular que manteve viva a luta do por justiça nestes longos onze anos de angústia”. Ainda segundo os advogado, agora, “os esforços serão dedicados a garantir que o identificado autor seja denunciado, julgado e condenado o mais breve possível”.