“Eu não sou um monstro. Eu estava bêbado”, diz homem que matou a sogra em Curitiba
O homem que matou a própria sogra com seis disparos de arma de fogo, em Curitiba, conversou com exclusividade com uma equipe da RIC Record TV, que foi até São Paulo, capital, com o objetivo de encontrá-lo nesta quarta-feira (25). Durante a entrevista, Lauriano dos Santos Souza, de 34 anos, mais conhecido como “Magrão da Reciclagem”, chorou copiosamente e declarou estar arrependido.
“Eu não sou um monstro. Eu errei, pelo amor de Deus. Todo mundo está falando que eu ia me separar da minha mulher, não tem nada a ver. Foi um vacilo que eu dei na minha vida, foi um segundo. Se eu pudesse voltar atrás, eu nunca ia fazer isso, eu nunca sentiria isso que eu tô sentindo hoje, de coração”,
disse o homem que fugiu para o estado vizinho.
Segundo o relato do assassino confesso, ele estava embriagado e fora de si quando cometeu o crime contra Jaqueline Aparecida Duarte dos Santos, de 47 anos, na madrugada do último sábado (21). “Fiquei cego na hora. Eu estava bêbado. Eu fiquei cego, eu nunca queria fazer isso com ninguém. […] Eu tô muito, muito, muito arrependido. Eu tô ‘esbagaçado’. Eu sou um cara de família. Eu sempre quis ajudar. Eu sempre eduquei meus filhos do melhor jeito. Eu não quero abandonar minha família. Meu Deus”, completou Lauriano.
Ao repórter Nader Khalil, o ex-candidato a vereador declarou ainda que irá se entregar à polícia. “Eu quero me apresentar, eu fiz errado, não vou ficar fugindo. Não sou homem de fugir. Eu não sou bandido. Me perdoem. Eu não sou bandido, todo mundo me conhece, foi um vacilo. Todo mundo falou que sou bandido, me chamaram de tudo. Eu não sou”, finalizou.
De acordo com o advogado de defesa, que esteve presente durante o encontro, ele seguirá juntamente com Lauriano para Curitiba, para na manhã de quinta-feira (26), os dois irem juntos até a Delegacia da Mulher.
Sobre a arma utilizada para cometer o assassinato, Lauriano, que foi candidato a vereador pelo partido Trabalhista Cristão (PTC) e, 2020, declarou que jogou em um rio e não deu detalhes se o armamento era registrado ou irregular.
O crime
Conforme o relato da filha da vítima, identificada como Keury, ela e o marido estavam em casa, acompanhados de um casal de amigos, quando começaram a discutir. Para evitar uma confusão maior, os colegas resolveram ir embora e informaram que Keuri seguiria com eles.
Algum tempo depois, Lauriano foi até a residência da sogra na Rua João Dembinski, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), por volta das 2h, acreditando que a esposa estaria no local. Jaqueline estava vendo televisão com o marido, Cleber, quando o genro entrou e afirmou que mataria ela e a companheira.
No entanto, ele aparentemente desistiu e saiu de dentro da casa para, na sequência, retornar e pedir um copo de água para Cleber, mas assim que o sogro foi à cozinha, Lauriano sacou uma arma e atirou contra a vítima. Ela morreu antes da chegada do socorro.
Keury disse à polícia que sua relação com Lauriano sempre foi conturbada e que, por isto, estaria se separando dele. O casal tem três filhos.