O ex-presidente da torcida organizada “Os Fanáticos” que se apresentou na tarde deste sábado (15) à polícia, assumiu a autoria do assassinato de um torcedor paranista, mas nega que tivesse intenção de matar o rapaz. Fábio Marques, de 33 anos, confessou ter matado o adolescente e Diego Henrique Raab Gonciero, de 16 anos, em 2012.

De acordo com a Polícia Civil, a confusão que causou a morte de Diego Henrique Raab Goncier começou no Recife, num jogo do Atlético Paranaense contra o Sport há alguns anos. A Torcida Jovem, do Sport, é alidada da Fúria Independente, do Paraná Clube, já a Gangue da Ilha, também torcedora do time pernambucano, é aliada da rubro-negra Fanáticos.

Porém, Fábio Marques, de 33 anos, alega que ele e um amigo, foram tirar satisfação por um suposto apedrejamento à sede da Torcida Organizada Os Fanáticos, naquele dia 30 de junho e uma briga por este motivo acabou em tiroteio.

Marques é um dos torcedores rubro-negro envolvido na briga contra a torcida do Vasco, em Joinville. Ele foi preso em outubro do ano passado com uma pistola.

De acordo com o delegado Clóvis Galvão, Marques era vice-presidente da Fanáticos na época do crime e estaria respondendo à ameaças e provocações feitas por torcedores da Fúria Independente. O delegado disse ainda que o torcedor afirma que não tinha intenção de matar o jovem. “Segundo ele, os dois tiros foram dados para o alto e só soube que tinha matado um menino por noticiário”, disse.

Após prestar depoimento, Marques foi liberado e deve responder em liberdade. Já Rodrigues continua preso temporariamente. De acordo com a polícia, um terceiro suspeito é investigado pela participação no crime.

Na manhã de sábado, a polícia prendeu o advogado ex-presidente da torcida, Juliano Rodrigues, 42 anos, conhecido como Sucke. A prisão temporária foi feita uma vez que o laudo do Instituto de Criminalística apontou que a bala que acertou o torcedor paranista saiu de um revólver 38 registrado em nome dele.