
Apartamento no Centro de Curitiba é o mesmo de onde Renata Muggiati caiu em setembro de 2015
A ex-namorada de Raphael Suss Marques deu uma entrevista à repórter Helen Anacleto, da RICTV|Record TV, contando como conheceu o médico e sobre o relacionamento que teve com ele. Suss é acusado por ela de agressão, injúria e ameaça e também é réu no processo sobre a morte da fisiculturista Renata Muggiati.
De acordo com a jovem, que tem um filho de três meses com Raphel, os dois nunca oficializaram um namoro. “Nós tínhamos um relacionamento, mas não éramos namorados”, explica. Segundo ela, a gravidez aconteceu no primeiro fim de semana que passaram juntos, no apartamento onde Raphael vivia com Muggiati e onde mora até hoje.
Pergunta: Como vocês se conheceram?
Resposta: A gente começou a conversar pelas redes sociais e depois marcou de sair pessoalmente.
P: Quando você soube ele era o mesmo Raphael do caso Renata Muggiati?
R: Eu já sabia pela televisão, mas a gente nunca falou sobre isso.
P: Você não ficou com medo de sair com ele?
R: Durante as conversas não, mas quando eu fui encontrar com ele eu tive um pouco.
P: Como vocês se encontraram pessoalmente?
R: A gente marcou de eu ir na casa dele. Era um sábado, dia 02 de janeiro e ele tinha acabado de chegar da praia. Eu cheguei lá por volta das 9h da noite e a gente passou o fim de semana juntos. Sábado e domingo. Depois disso ele foi preso. Eu soube quando estava na praia. E no dia 25 de janeiro eu descobri que estava grávida.
P: E você contou pra ele?
R: Eu procurei por ele, contei que o exame deu positivo. Ele pediu pra eu fazer outro exame. Eu fiz e deu positivo de novo e ele me disse que era estéril, que não podia ter filhos. Eu falei pra ele que a gente teve relação sem proteção, que os exames deram positivo e que ele não era estéril. Porque eu sei com quem eu me relaciono.
Depois ele me pediu pra fazer outro exame. Eu fiz. Aí ele me pediu pra ir no apartamento dele e eu disse que não. Dessa vez eu fiquei com medo e pedi pra gente se encontrar em um local público. Então nós fomos almoçar, conversamos sobre isso. Ele se mostrou super prestativo e atencioso e pediu pra eu fazer um exame de DNA. Como realmente a gente não se conhecia direito, eu aceitei fazer, mas depois do nascimento do bebê.
P: Ele acompanhou a gravidez?
R: Não. Quem foi atrás dele a gravidez inteira fui eu. Por isso ele não pode sair por aí falando que eu não deixo ele se aproximar do meu filho. Isso é mentira. Eu sempre procurei por ele durante a minha gravidez e depois também.
P: Ele deu algum apoio financeiro?
R: A gente continuou juntos (sic) até os seis meses de gestação. Eu frequentava a casa dele. A gente tinha relações, mas ele nunca me ajudou com nada. Minha mãe que sempre me ajudou.
P: No seu depoimento à Polícia você disse que o comportamento dele não era compatível com algumas medidas judiciais que ele deveria obedecer. Como era o Raphael?
R: Durante a gravidez a gente jantava fora e não era dentro desses horários determinados. Disseram que eu falei que ele usava drogas e eu quero esclarecer que isso é mentira. Eu quero dizer sempre a verdade sobre isso e o que eu posso confirmar é que ele bebe com frequência. Eu já vi ele alcoolizado. Os horários ele realmente não obedecia. Às vezes ele estava jogando poker. Então ele não chegava em casa dentro do horário. Acho que ele não imaginava que eu chegaria nesse ponto de falar de todas essas coisas. Eu gostaria de não ter chegado nesse ponto.
P: O que aconteceu na sexta-feira (26 – dia da agressão)?
R: Eu tinha bloqueado ele no meu Whatsapp e nas redes sociais. Ele só tinha o contato da minha mãe pra poder saber do nosso filho. Na sexta-feira ele mandou uma mensagem pra minha mãe porque queria ver o filho. Eu não estava em casa e eles combinaram que ele iria depois das 6h da tarde. Por volta das 7h30 da noite, ele mandou outra mensagem perguntando se podia ir, mas a minha mão não viu e não respondeu, por que ela estava na confraternização do trabalho. Depois de tentar ligar, e ela não atender. Ele foi até a minha casa por volta das 9h da noite. Quando eu abri a porta ele já empurrou e foi entrando. Meu filho tava dormindo na sala e ele sentou já dizendo que eu tinha que desbloquear ele das redes sociais, que tinha que saber o que eu estava fazendo, que tinha que ter o controle do que eu estava postando do nosso filho.
Nós discutimos e nessa altura minha mãe já estava na sala com a gente, o meu filho já estava chorando e ele estava com ele no colo. Dizia que iria levar ele pra passar o Natal com ele. Eu então fui tentar pegar o meu filho do colo dele pra ele parar de chorar, e ele me deu um tapa no peito, me xingando. Ele estava muito nervoso (…)
Se minha mãe não estivesse lá, ele com certeza teria me batido e quem sabe levado meu filho.
P: Você acredita que ele fez algum mal pra Renata Muggiati?
R: Eu não posso falar sobre isso. Eu o conheci depois disso.
P: Muitas pessoas estão se perguntando por que, mesmo sabendo quem ele era, você se envolveu com ele?
R: A gente tem que dar credibilidade às pessoas. A s pessoas falam dele. Agora estão falando de mim. Eu preferi não julga-lo. Eu agi sem pensar.
P: O advogado disse que ele não gostou de uma foto que você postou do filho de vocês. É verdade?
R: Na foto que eu postei do meu filho ele realmente estava sem roupa, mas não tá aparecendo nada demais. Eu sou apaixonada pelo meu filho, eu babo no meu filho, como toda mãe eu adoro postar foto do meu filho. E o meu Instagram é bloqueado. Só os meus amigos vêm o que eu posto lá.
P: Como foi quando você entrou no apartamento dele pela primeira vez?
R: Eu confesso que foi estranho. Ele ainda falou: “Olha que vista linda”. Eu nem olhei, passei reto. Foi estranho. Ele perguntou se a minha família sabia que eu estava na casa dele e eu disse que sim. Aí ele falou: “Eu sou acusado de homicídio”, e eu disse: “Se eu acreditasse 100% nisso eu não estava aqui. Foi a única vez que a gente tocou no assunto da Renata.