A defesa alega insanidade mental (Foto: Reprodução/RICTV Londrina)

A Justiça determinou que o ex-guarda municipal Ricardo Leandro Felipe, acusado de matar três pessoas e ferir outras três, vá a júri popular; o caso aconteceu em abril de 2017 em Londrina

A Justiça determinou nesta quarta-feira (11) que o ex-guarda municipal Ricardo Leandro Felipe, acusado de matar três pessoas e ferir outras três, vá a Júri Popular. O caso aconteceu em abril de 2017 em Londrina, no norte do Paraná.

A juíza Zilda Romero, da 6ª Vara Criminal, decidiu no dia seis de julho. A data do julgamento não está marcada, mas a promotoria já esperava pela decisão. Os advogados de defesa afirmaram que irão se reiterar do pedido para ver se cabe recurso.

Ex-guarda municipal sofre surto psicótico

Na época do crime, Felipe estava de licença médica e voltou a trabalhar exatamente no dia do crime. Em um primeiro momento, ele foi até a imobiliária de sua namorada Josiane Amorim, mas como a mulher não estava no local, ele acabou descarregando a arma em sua sócia Ana Regina do Nascimento Ferreira, de 34 anos, que foi morta com um tiro no rosto e outro no peito.

Em seguida, Felipe foi até a casa de sua ex-noiva, mas não encontrou seu alvo. No entanto, para não perder a viagem, ele baleou a mãe, o pai, o avô e o filho da ex-companheira. O adolescente, de 16 anos, morreu na hora. O pai da ex-noiva faleceu no hospital. O que o ex-guarda municipal não sabia é que a mulher estava em casa, mas conseguiu se esconder.

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Durante a fuga, o homem roubou três carros e foi preso horas depois em Maracaí, no interior de São Paulo, a 120 km de onde cometeu os crimes. Na entrevista que ele concedeu pouco depois de ser preso, ele disse não se lembrar de nada. “Eu acabei pegando uns remédios que eu tomava um de cada um e tomei vários de cada um. Não lembro quanto. E tentei através desses remédios manter um pouco a calma. A partir daí, eu comecei a ficar meio fora de mim”, disse o acusado.

Testemunhas afirmaram que ele chegou na corporação, horas antes do atentado, pegou sua arma e saiu. “Ele se apresentou para o trabalho, bateu cartão normalmente, pediu a arma e sumiu” afirmou o delegado responsável pelo caso durante entrevista em cinco de abril de 2017.

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*Com informações da repórter Daniela Calsavara, da RICTV Londrina