Raphael Suss Marques vai responder por lesão corporal, homicídio qualificado e fraude processual

A Justiça do Paraná recebeu nesta quarta-feira (20) denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra o médico Raphael Suss Marques, ex-namorado da fisiculturista Renata Muggiati. Com isso, Marques passa a ser réu no processo sobre a morte da modelo fitness.

Leia também:

Caso Renata Muggiati: família de Raphael é vítima de extorsão

Secretário de Segurança Pública fala sobre os laudos do IML

Namorado de Renata Muggiati é impedido de acompanhar enterro

Divulgadas fotos de Renata Muggiati sentada na janela do apartamento

Confira fotos exclusivas do apartamento da fisiculturista Renata Muggiati

O médico vai responder por lesão corporal, homicídio qualificado e fraude processual. Raphael nega envolvimento na morte de Muggiati e diz que a atleta se suicidou. Renana, de 32 anos, morreu na noite no dia 12 de setembro de 2015, depois de cair do 31° andar do prédio onde morava com o namorado. Segundo a Polícia Civil, a modelo fitness foi morta por asfixia antes da queda.

Raphael Suss Marques está preso preventivamente desde o dia 15 de janeiro.

O MP-PR afirma na denúncia que o médico tinha um relacionamento abusivo com Renata, que dependia dele física e psicologicamente. A promotoria descreve o médico como “dono de personalidade dominadora” e relata que o relacionamento entre os dois começou em 2014, quando a atleta passava por um momento profissional difícil. Ela havia sido flagrada em exame antidoping e foi suspensa de competições de fisiculturismo.

Segundo a denúncia, Renata, que no início do relacionamento se sustentava trabalhando como personal trainer, passou a ter toda a vida controlada pelo namorado, desde o relacionamento com a família e amigos, até os contatos com patrocinadores e colegas de trabalho. Isso tudo, segundo os promotores, foi causando isolamento social e dependência financeira.

A denúncia cita ainda os remédios psiquiátricos que o médico receitava para a namorada e os quadros de agressão física e psíquica contra a vítima, “especialmente quando o denunciado fazia uso de bebidas alcoólicas”.

O advogado de Raphael, Edson Vieira Abdala, não foi localizado para comentar a denúncia.