
Investigação descobriu lavagem de R$ 13,5 milhões em propriedades rurais em Tupãssi e imóveis urbanos, além de veículos e maquinários agrícolas
Uma facção criminosa escolheu Tupãssi, no oeste do Paraná, para lavar dinheiro de venda de cocaína realizada em São Paulo. Mas, nesta sexta-feira (20), quatro pessoas foram presas preventivamente na Operação Eclipse, realizada pelo Ministério Público e pela Polícia Militar dos dois estados.
A investigação, iniciada há mais de um ano pelo núcleo do Gaeco de Cascavel, identificou que a organização criminosa lavou em torno de R$ 13,5 milhões, em seis propriedades rurais, 16 imóveis urbanos, dez automóveis, oito maquinários agrícolas e oito caminhões.
Os líderes do grupo são, segundo apurado, integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) – um deles, que era considerado um dos traficantes mais procurados de São Paulo, foi preso em março, após informações oriundas desta investigação.
A companheira do líder preso, que já havia residido em Tupãssi, voltou a estabelecer-se no local e, com a colaboração de terceiros, incluindo familiares, passou a adquirir propriedades rurais, maquinários agrícolas e insumos para estabelecer a cultura de soja e milho como negócio chave para o branqueamento de capitais.
Os investigados tiveram contas bancárias bloqueadas, veículos apreendidos e imóveis sequestrados. Documentos e objetos apreendidos na operação serão encaminhados para a sede do Gaeco em Cascavel para análise e finalização das investigações. Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em São Paulo, alguns dos investigados também responderão por tráfico de substâncias entorpecentes, associação para o tráfico e posse de armas de uso restrito.
