Um falso médico, suspeito de aplicar silicone industrial em uma moradora de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi preso pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP). A prisão de Edvaldo de Abreu Sousa, conhecido pelo vulgo “Skalet”, aconteceu no final da tarde desta quinta-feira (20), na capital paulista.

De acordo com as investigações conduzidas pelo Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial, o preso atuava como “bombadeira” – termo usado para designar pessoas que, sem formação médica, aplicam silicone industrial ou outras substâncias para modificação corporal, especialmente em mulheres trans e travestis. Esses procedimentos, realizados de forma clandestina, oferecem alto risco à saúde e podem levar à morte.
Conforme o delegado Luís Gustavo Timossi, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), as investigações iniciaram em outubro de 2024, com a morte de Cristiane Andrea da Silva. A mulher teria contratado a “bombadeira” para aplicar silicone industrial no corpo, pelo valor de R$ 1.550, que foi pago em quatro parcelas.
Entretanto, após o procedimento, que teria sido realizado em um ambiente totalmente insalubre e inadequado para qualquer atuação médica. As investigações revelaram ainda que o falso médico já responde a processo criminal similar na comarca de Marília/SP.
“As investigações apontaram que este suspeito fazia desta prática o meio de vida, inclusive já tendo ocasionado a morte de outra pessoa, no ano de 2019, na cidade de Marília, no interior de São Paulo. Foi representada a prisão preventiva e cumprida pela PCSP”, comentou Timossi.
As investigações apontaram que o indiciado atuava de forma itinerante por diversos Estados do país, tendo como alvo principal pessoas trans e travestis, aproveitando-se da vulnerabilidade social deste grupo e da dificuldade de acesso a procedimentos estéticos regulares.
O preso foi indiciado por homicídio (art. 121 do Código Penal) e exercício ilegal da medicina (art. 282 do Código Penal), e agora permanecerá à disposição da Justiça para os procedimentos legais cabíveis.
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