Um homem de 32 anos, natural de Benim, na África, foi detido no bairro Itacorubi, em Florianópolis (SC), na terça-feira (2), suspeito de atuar em uma rede internacional especializada em golpes digitais. Segundo a investigação, o grupo utilizava perfis falsos e se passava pelo ator norte-americano Dwayne Johnson, o “The Rock”, para enganar vítimas.

Golpe envolvia criação de vínculo emocional e promessa de prêmio milionário
De acordo com o site ND Mais, as vítimas acreditavam estar conversando diretamente com o artista. Após conquistarem a confiança das pessoas, os criminosos afirmavam que elas seriam contempladas com um prêmio de 800 mil euros, equivalente a cerca de R$ 4,9 milhões.
Para sustentar a farsa, o grupo enviava documentos falsificados, fotos de supostas encomendas lacradas, mensagens em inglês e até comprovantes de entregas internacionais.
Falso The Rock exigia pagamentos via Pix
Depois de estabelecer o enredo, os golpistas solicitavam depósitos para cobrir taxas, seguros e liberações aduaneiras. Os valores deveriam ser transferidos por Pix para contas administradas pelo suspeito preso na capital catarinense.
Preso atuava como operador financeiro da quadrilha
Segundo a Polícia Civil, o investigado funcionava como operador financeiro no Brasil para a estrutura criminosa, que tem atuação transnacional.
Dados coletados pela investigação apontam que os acessos às contas usadas no golpe eram feitos a partir de um país africano, conforme os endereços IP rastreados. O suspeito preso no Brasil teria a função de receber valores, movimentá-los via Pix e prestar suporte logístico ao núcleo estrangeiro.
Brasileiros tiveram prejuízo em golpes do falso The Rock
Uma moradora de Minas Gerais perdeu cerca de R$ 80 mil após cair no golpe. Outra vítima, residente em Brasília, teve prejuízo de R$ 11,6 mil. A polícia acredita que existam mais pessoas lesadas, que poderão ser identificadas após a análise do material apreendido.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Florianópolis e Itajaí. Equipamentos eletrônicos, como celulares e outros dispositivos, foram recolhidos para perícia.
O homem detido deve responder por estelionato eletrônico, crime que prevê pena de quatro a oito anos de prisão, além de multa.
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