Curitiba - O advogado Jean Paulo Pereira, que representa a família de Yago Gabriel Pires da Silva de Olivera, jovem que morreu durante uma operação das forças de segurança no bairro Parolin, em Curitiba, informou que os familiares esperam uma resposta do poder público em relação ao vídeo onde o rapaz aparece sendo arrastado por dois policiais militares.

Yago foi identificado como o jovem de 18 anos que morreu durante uma operação no Parolin
Yago tem passagens pela polícia (Foto: reprodução / Ric RECORD)

De acordo com o advogado, os familiares do jovem que morreu durante a operação no Parolin confiam na Polícia Militar do Paraná (PMPR), mas querem respostas da Polícia Civil, do Ministério Público e do Judiciário em relação à conduta dos agentes no vídeo.

“Apesar de confiarem na Polícia Militar do Paraná, os familiares da vítima querem respostas concretas da Polícia Civil, da própria PM e do Ministério Público e, por consequência, num futuro próximo, do Poder Judiciário, para que os responsáveis paguem pela crueldade que foi praticada no vídeo exposto pelos mais variados meios de comunicação.

Como na data de hoje acontecerão o velório e enterro do Sr. Yago, a família destaca que é o que tem a dizer no momento, pedindo de forma encarecida que respeitem o momento de dor e luto, e acrescentam, por ora, que não irão gravar entrevista”, disse a nota.

Família e amigos de Yago protestam nas redes sociais

Em diversas publicações nas redes sociais, amigos e familiares protestam e pedem justiça. “Que tristeza meu Deus que fizeram pro menino. Gente, pelo amor de Deus ajude a família a compartilhar, a chegar nas autoridades competentes para resolver isso. Não podemos ver isso e ficar calados isso precisa parar, e parar agora”, escreveu uma mulher.

jovem que morreu em operação no Parolin
O jovem morreu a tiros em casa (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Só de saber que a gente não vai mais te ter por perto já dói demais. Você não era qualquer um, era um cara de coração gigante, sempre com um sorriso no rosto e uma palavra boa pra todo mundo. Tiraram você da gente de uma forma covarde, e nada vai apagar essa dor. Mas sua memória vai continuar viva em cada um que te amava. Nunca vamos te esquecer, Yago. Justiça por você, meu irmão!”

Além disso, os familiares questionaram a ação dos policiais em um vídeo que mostra o jovem sendo arrastado por dois agentes após ser baleado no confronto. “Nunca foi confronto”, alegam. 

Jovem morto em operação no Parolin

Yago tinha já tinha sido preso três vezes e, segundo a polícia, a avó do menino afirmou às equipes que ele tinha envolvimento com homicídio. O coronel Marcelo Roke Fávero, da PM, afirmou que o jovem reagiu a abordagem policial e atirou contra as equipes. 

Já o delegado da PCPR, Osmar Antônio Dechiche disse que, além de Yago ser integrante de uma quadrilha, ele tinha envolvimento também nos disparos que atingiram o prédio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

“Trata-se de um jovem que já tem três passagens, por furto, roubo e corrupção de menores. Inclusive, ele teve envolvimentos nos disparos contra o prédio do TRE. Ele é integrante de uma quadrilha que comercializava drogas no bairro. Tanto é que apreendemos uma arma de uso restrito. Lamentavelmente houve esse confronto e a polícia não teve outra saída”, disse o delegado Osmar Antônio Dechiche, da Polícia Civil do Paraná.

Vídeo mostra jovem sendo arrastado por PMs após confronto

Uma testemunha filmou o momento em que dois policiais militares arrastaram um rapaz, de 18 anos, após atirarem contra ele. De acordo com o coronel, os policiais estão tentando salvar a vida do rapaz e que ele estaria tentando buscar uma arma de fogo no momento do vídeo.

“No vídeo, os policiais estão tentando puxar ele e ele está tentando buscar uma arma, que inclusive estava sendo usada para atirar contra os policiais”, disse o coronel.

Além disso, Fávero explicou que a arma dele estava em meio às latinhas. O coronel falou também que se houve excessos por parte dos policiais, eles serão investigados pelo Ministério Público e que o rapaz que aparece sendo arrastado pelos PMs tem histórico de crimes.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.