Família de suposto amante morto a tiros em Colombo quer justiça: "isso não vai ficar assim"

A família de Claudinei Ferreira da Costa, de 47 anos, assassinado a tiros na noite do último domingo (18), está indignada e pede por justiça. A vítima foi morta pelo vigilante Edmilson Miranda, supostamente por ser amante da esposa do suspeito. No entanto, os familiares de Claudinei argumentam que ele foi executado com tiros nas costas e questionam a motivação do crime. A Polícia Civil ainda aguarda o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) que deve trazer mais detalhes sobre a forma como a vítima morreu.

Em entrevista para a equipe de reportagem da RIC Record TV Curitiba, o irmão de Claudinei afirmou que ele era honesto, trabalhador, que estava solteiro e que a família não conhecia a mulher que está sendo apontada como sua amante. Ainda, dizem que os tiros foram dados pelas costas, o que contraria a versão do suspeito para a polícia. Conforme o delegado Irineu Portes, de Colombo, em depoimento, Edemilson afirmou que foi a vítima quem veio ao seu encontro.

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“A vítima desceu da moto, ele dentro do carro, [a vítima] veio em direção a ele, tentando tirar ele de dentro do carro, então naquele momento a arma estava no banco, ele pegou a arma e fez um disparo internamente, diz ele que não atingiu, e posteriormente ele não se recorda quantos disparos foram feitos, ele só viu que a vítima caiu”. 

Somente o laudo do IML poderá afirmar, com certeza, como os tiros foram dados. “O corpo do cara estava lá, esticado, com três tiros nas costas, tudo arrebentado, o que é isso? eu não tive coragem de ver as costas do meu irmão, mas eles viram. Isso não vai ficar assim”, desabafou o irmão da vítima.

Ainda, os familiares estão inconformados por Edemilson não ter ficado preso. Ele se apresentou na delegacia de Colombo após o período de flagrante, foi ouvido e responde em liberdade. “Quero olhar na cara dele, saber qual a sensação de matar um cara pelas costas. Ele é um covarde, covarde”, disse o irmão da vítima.

“Ele executou meu irmão, eu sei muito bem como é tiro nas costas, ele executou o meu irmão e sai pela porta da frente da delegacia? E vai cumprir em liberdade?”.

Questionou o irmão de Claudinei.

Outra situação a ser confirmada pela polícia é que a família de Claudinei percebeu que o documento anexado no inquérito que investiga a morte não era dele, e se trata dos documentos de um morador de Tijucas do Sul, que não conhecia a vítima. A polícia ainda vai apurar se o erro aconteceu no momento de procurar o documento para anexar ou se foi encontrado na cena do crime.