por Bruna Melo
com informações de Ana Contato, da RICtv

A família de Maria Helena, de 55 anos, acusa a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, em Londrina, norte do Paraná, por negligência. A mulher morreu, na manhã desta quinta-feira (30), após ficar aproximadamente cinco horas no local para exames.

Na madrugada de quinta-feira (30), o genro, Ricardo Santini, buscou Maria Helena após a mulher ligar para ele e pedir ajuda. Enquanto era levada para a unidade, disse que estava com dores fortes no peito e mal-estar.

Na chegada, Ricardo conta que a sogra foi colocada em uma maca e recebeu medicamento na veia. Ao questionar o médico, foi avisado que estava sendo aplicada morfina.

“Falei, ‘cara, ela está infartando, você só vai conter a dor?’. [O médico disse] ‘A gente vai fazer exame, daqui três horas, quando tiver um resultado, a gente vai ver se vai encaminhar para outro hospital'”,

conta Ricardo.

Com a chegada dos resultados, o médico comunicou que Maria Helena estava, de fato, infartando e que os exames mostraram alterações no organismo. Ela teria que passar por outros procedimentos e aguardar mais três horas.

Além da espera, Ricardo relata que a ficha de Maria Helena não teria sido colocada no local correto para que ela fosse transferida a um hospital. “Esqueceram dela lá, simplesmente deixaram ela morrer lá”, disse.

A Secretaria Municipal de Saúde emitiu nota sobre o caso e informou que a morte aconteceu por uma parada cardíaca e negou a acusação de negligência. Leia na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde lamenta o fato ocorrido e solidariza com a família da mulher que faleceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do jardim do Sol na manhã desta quinta-feira.

Paciente deu entrada na UPA, às 02h57 da manhã e às 3:15 foi sendo atendida pelo médico e encaminhada para internação na sala de emergência para monitoramento até resultado dos exames. Importante destacar que na sala de emergência da UPA conta com estrutura físicas, equipamentos adequados, além da presença de médico e equipe de enfermagem.

Na reavaliação médica após resultados de exame, por volta das 08h horas da manhã, foi solicitado a transferência da paciente para hospital visando dar continuidade ao atendimento por médico especialista. No entanto, ela sofreu uma parada cardíaca. Em que pese a adoção de todos os procedimentos para reanimação da paciente pela equipe médica da UPA, infelizmente a mesma veio a falecer.

Maria Helena cuidou sozinha da filha, Nayara Medina. Ela trabalhou durante a vida na limpeza de unidades de saúde, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O sepultamento aconteceu na manhã desta sexta-feira (1º).

1 jul 2022, às 13h28. Atualizado às 17h47.
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