Uma técnica de enfermagem está sendo investigada por suspeita de agredir uma paciente acamada, em Curitiba. A família instalou câmeras no quarto para monitorar o sono da paciente e descobriu as agressões (Veja no vídeo abaixo).

Conforme as informações passadas pela família para a RICtv, a vítima sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que tirou os movimentos do corpo dela, que se comunica por olhares.
De acordo com Ozeli da Silva, irmã da vítima, a paciente chorava durante a troca de plantão só de ouvir o nome da técnica de enfermagem.
“Todas às vezes estava com o olhar espantado. Ela estava bem e dando risada e, quando escutou a voz dela, começou a se desesperar e chorar. Depois que veio tudo à tona, nós começamos a notar e ver o que realmente estava acontecendo”, disse Ozeli.
A família teve certeza das agressões ao ver a imagem de uma higienização. A suspeita retira o equipamento que ajuda a paciente a respirar, usa um pano para limpar a vítima e deixou por aproximadamente 12 minutos sobre o rosto da mulher, que ficou com a boca e o nariz cobertos.
“Ela deixou o pano no rosto da pessoa, sem oxigênio, como uma forma de punir, uma forma de castigar. Isso é considerado tortura pela lei e será enquadrado no crime de tortura”, disse o investigador da Polícia Civil, Henrique Lima.
Técnica de enfermagem trabalhava com a família há 1 ano
A técnica investigada trabalha em uma empresa que presta serviços à família da paciente há mais de um ano. Os familiares registraram um boletim de ocorrência do caso.
“Quando contamos a ela que a técnica não viria mais, minha irmã ficou aliviada”, explicou a irmã.

A suspeita já prestou depoimento para a polícia. Ela revelou em off para a produção do Balanço Geral Curitiba que está passando por problemas pessoais e que não entende como fez aquilo. A investigada revelou ainda que está com o marido acamado e que perdeu o pai recentemente.
Leia mais:
- Psicólogo é acusado de abuso sexual após ser flagrado beijando paciente
- Polícia indicia psicólogo por crime sexual contra paciente no Paraná
Conforme o delegado Rinaldo Ivanike, a profissional deve responder por tentativa de homicídio no caso das agressões contra a paciente acamada.
“Ela tentou asfixiar a vítima, que não se concretizou, ainda bem. Ouviremos testemunhas para tentar descobrir há quanto tempo acontecem as agressões”, disse o delegado.
O que diz a empresa onde a suspeita trabalha?
O Grupo Ric procurou a empresa responsável pelos cuidados médicos, que, em nota, confirmou que a profissional foi desligada da companhia após as denúncias de agressões. Apesar disso, reforçaram que ela está devidamente cadastrada no Conselho Regional de Enfermagem.
“Estamos apoiando as investigações da Polícia Civil e tomando outras ações necessárias”, finalizou a empresa na nota.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui