A família morta em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, na noite deste domingo (15), por volta das 20h30, provavelmente foi executada durante um acerto de contas, segundo o delegado Nagib Nassif Palma.
“Um caso como esse daqui, vamos falar embrionariamente, porque as investigações estão no início, engatinhando, mas pela forma, pelo calibre utilizado, o tanto de tiros, dinâmica do evento. Certamente, acerto de contas e briga no mundo crime”, disse.
Robson Ferreira, de 31 anos, sua esposa Daniele Ferreira, de 27 anos, e o filho do casal Robson Breno, de 6 anos, foram assassinados com vários disparos de arma de fogo. Outras duas crianças – uma de 2, também filha das vítimas, e outra de 4 anos, filha de outra mulher – foram atingidas e permanecem internadas sem correr risco de morte.
Homem da família morta em Ponta Grossa tinha várias passagens pela polícia
Nagib também explica que Robson havia acabado de deixar a prisão e fazia, atualmente, o uso de uma tornozeleira eletrônica. O rapaz estava cumprindo pena por roubo e poderia também estar envolvido com o tráfico de drogas.
“O personagem principal, alvo, que veio a óbito, também é alguém que já tem uma passagem, nós conhecemos. Estava envolvido em roubo com agravantes, roubo a malote [de banco], roubo a pedágio e também temos notícias que também poderia estar envolvido na questão traficância de drogas, mais recentemente”, pontuou o delegado.
Ele ainda ressaltou que, em 2014, Robson já havia sofrido um atentado e, inclusive, estava com um dos filhos junto na ocasião. O que, para o policial, é inconcebível mesmo quando se fala de criminosos.
“Agora, o que é imperdoável, até mesmo para o mundo do crime, é a questão das crianças. Eu creio que atirar em quatro crianças, crianças de 2 a 6 anos, nem no mundo do crime. Eu quero crer que não era a intenção direta [de matar a todos] e sim um descuido, um evento irresponsável”, finalizou Nagib.
Entenda a execução da família
Na noite de domingo, a família morta em Ponta Grossa foi surpreendida quando chegava em casa, no bairro Chapada, após uma confraternização. No momento em que Daniele desceu do carro para abrir o portão, um grupo de atiradores se aproximou e começou a efetuar os disparos.
Ao todo, seis pessoas ainda estavam dentro do veículo. São elas: Robson, Robson Breno, outros dois filho do casal, uma amiga da família e seu respectivo filho.

A mulher conseguiu correr com a criança no colo, mas, mesmo assim, foi ferida com alguns estilhaços, enquanto o menino levou um tiro na perna.
Dentro do carro, Robson e o filho, de seis anos, foram atingidos fatalmente; um filho de 2 anos foi baleado na mão e a outra criança foi atingida também pelos destroços.
A família morta em Ponta Grossa será sepultada no fim da tarde desta segunda-feira (16).
Carro carbonizado
Nesta segunda, foi encontrado um carro carbonizado em uma área de plantação, no mesmo bairro onde ocorreu o crime. O veículo será periciado porque a polícia acredita que ele foi usado pelos criminosos para cometer a execução.
