Curitiba - Uma família investiu mais de R$ 12 milhões no falso banco digital The Boss, alvo de uma operação da Polícia Federal em Curitiba, nesta quinta-feira (4). De acordo com a PF, o grupo foi atraído pela promessa de rendimento mensal de R$ 370 mil. A polícia classifica o modelo de atuação como típico de pirâmide financeira, prática ilegal no Brasil.

The Boss não possuía autorização do Banco Central
A operação, batizada de Mors Futuri, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Curitiba, todos expedidos pela Justiça Federal. O objetivo é reunir documentos, equipamentos e outros materiais que comprovem a atuação fraudulenta e permitam avançar no rastreamento do dinheiro movimentado.
As empresas usadas no esquema, apresentado ao público como um “banco digital”, não possuíam autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nem do Banco Central (BC) para operar ou oferecer serviços de investimento.
As ordens judiciais também determinam o bloqueio de ativos financeiros que podem chegar a cerca de R$ 66 milhões, além do sequestro de imóveis e veículos de alto valor, com o objetivo de garantir futuro ressarcimento às vítimas.
Líder do The Boss é procurado pela Interpol
José Oswaldo, considerado o principal articulador do esquema, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal, a pedido da PF, após fugir com o colapso das fraudes. As investigações indicam que, dias antes da interrupção dos pagamentos, ele transferiu cerca de R$ 10 milhões para garantir o proveito dos crimes. Há indícios de que o investigado tenha deixado o país e esteja em local incerto, motivo pelo qual sua ordem de prisão também foi incluída na Difusão Vermelha da Interpol.
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