Famílias denunciam suposto sequestro de jovens em Colombo

por Mônica Ferreira
com informações de Tiago Silva, da RICtv, e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 18 jul 2022, às 17h57. Atualizado às 18h02.

Passando-se por policiais, criminosos invadiram duas residências do Jardim das Graças, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na madrugada de sábado (16). De lá levaram à força Silas de Souza, de 37 anos, e Nelson da Silva Almeida, de 25 anos. As famílias não sabem porque eles foram levados e buscam desesperados por informações dos dois.

De acordo com Ana Rosa, mãe do Silas, o caso aconteceu por volta das 5h20. Os falsos policiais arebentaram o cadeado do portão, arrebentaram a porta da casa a chutes e mandaram a mãe fechar a porta e se afastar.

“Eles levaram ele amarrado, pelado, só de cueca, do jeito que estava dormindo. Tiraram ele da cama e bateram, bateram no meu filho, deixaram sangue lá no piso. […] Eu não pude nem ver nada porque eles falaram ‘fecha a porta que é polícia'”,

relatou Ana Rosa.

Conforme informações apuradas pela RICtv, na sequência, os “agentes” seguiram para outro imóvel, um beco quase do outor lado da rua, onde raptaram Nelson.

“Nenhuma pista. Estão lidando como sequestro. Ninguém ligou pedindo dinheiro nem nada, nós não temos pista de nada e queremos procurar, mas não sabemos por onde começar”,

contou a esposa de Nelson, que foi à delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, dar queixa à polícia dos sequestros.

Depois de registrar o boletim de ocorrência, a esposa de Nelson disse qu ejá ligou e compareceu a diversos lugares, entre eles hospitais, delegacias e até no Instituto Médico-Legal (IML). Mas ainda não há nenhuma pista do paradeiro de Nelson e Silas.

Nelson trabalha como estofador e é pai de duas crianças, um bebê de pouco mais de um ano e outro de seis meses. Segundo a esposa, ele não tinha desentendimento com ninguém.

Silas trabalhava como autônomo, pois teve um acidente e machucou a perna. A mãe dele contou que o homem não tinha inimizades na região. Pelo contrário, era amigo de todos no bairro.

“Eu queria que achassem ele, do jeito que ele estiver, pelo menos para descobrir onde ele está. Vivo ou morto, tem que descobrir, saber o que está acontecendo”,

desabafou a Ana Rosa. 

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