Para o seu lugar foi escolhido interinamente o delegado da Polícia Federal, Wagner Mesquita de Oliveira
A Governo do Paraná acabou de anunciar que o secretário de segurança pública do Estado, Fernando Francischini, pediu para deixar o cargo. O agora ex-secretário permaneceu apenas cinco meses na função. Para o seu lugar foi escolhido interinamente o delegado da Polícia Federal, Wagner Mesquita de Oliveira, que integra o serviço de inteligência da pasta.
Mudanças
Essa é a terceira mudança em pouco mais de uma semana no primeiro escalão do Palácio Iguaçu. A dança das cadeiras começou após críticas sobre a atuação do governo do Paraná na repressão as manifestações dos professores no último dia 29 de abril, no Centro Cívico, quando mais de 200 pessoas ficaram feridas.
A troca começou na quarta-feira (6), quando o secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira, foi substituído pela professora Ana Seres Trento Comin. Um dia depois, o Comandante Geral da Polícia Militar no Paraná, coronel César Kogut, entregou o cargo, após assinar um manifesto criticando as declarações de Francischini em uma entrevista coletiva sobre as manifestações, quando o então secretário de segurança pública do Paraná responsabilizou a PM pelos confrontos.
Na carta de demissão apresentada ao governado Beto Richa, Francischini destaca alguns avanços no período em que esteve no cargo e assume responsabilidade nas últimas ações policiais, que culminaram com sua saída. “venho agradecer a confiança de Vossa Excelência, mas, para colaborar com a governabilidade do nosso Estado, peço exoneração de minha função, convicto de que as ações até agora tomada se deram a favor do interesse público. Dentro da legalidade, em garantia da ordem pública”.
Finalizo, assumindo novamente e publicamente todas as minhas responsabilidades, na atuação policial nas últimas operações, apoiando o trabalho da tropa. No entanto, ressalto que mesmo com as reações adversas, continuo defendendo uma apuração rigorosa tanto da polícia quanto do Ministério Público para que ao final a verdade prevaleça”, termina o ex-secretário.