Julia Antunes Reppold Marinho, filha do homem que foi morto por um policial civil em um bar de Curitiba no dia 26 de setembro deste ano, se pronunciou sobre a denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Na última terça-feira (30), o MP-PR denunciou Marcelo Mariano Pereira, de 36 anos, através da 2ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida.

Conforme o pedido formal, foram apresentadas como qualificadoras do crime o motivo fútil e o fato de o homicídio ter sido praticado com emprego de arma de fogo de uso restrito. Por isso, o policia civil foi denunciado por homicídio qualificado e porte de arma de fogo de uso restrito após ter ingerido bebida alcoólica.
De acordo com Julia, a denúncia do MP-PR mostra que a Justiça já começou a ser feita. Anteriormente, a Polícia Civil do Paraná sugeriu o arquivamento do caso que investiga a morte do comerciante Antônio Carlos Antunes, de 51 anos.
“Hoje eu vim aqui para agradecer e enaltecer o trabalho do Ministério Público do Paraná pela denúncia técnica feita no dia de ontem. O que aconteceu com meu pai é inaceitável. A gente saiu para comemorar a vida e voltamos com o meu pai morto por um covarde, por uma pessoa que, teoricamente, deveria estar ali para servir a sociedade, nos proteger”, contou Julia. “Hoje é dia 31, na virada do ano. Enquanto as pessoas vão estar celebrando, nós vamos estar passando por um momento bem difícil, porque marca três meses do falecimento do meu pai. Mas eu acredito que a Justiça vai ser feita, e ela já começou a ser feita com essa denúncia técnica do Ministério Público do Paraná.”
Relembre caso que resultou em homem morto em bar de Curitiba
O desentendimento que culminou na trágica morte do comerciante Antônio Carlos Antunes ocorreu no BarBaran, localizado na Alameda Augusto Stelfeld, no Centro de Curitiba, na noite de 26 de setembro.
Segundo a filha da vítima, os familiares estavam no estabelecimento há cerca de 45 minutos para comemorar o aniversário dela e ainda aguardavam a liberação de uma mesa, quando o pai decidiu ir ao banheiro.
Segundo a filha da vítima, os familiares estavam no estabelecimento há cerca de 45 minutos para comemorar o aniversário dela e ainda aguardavam a liberação de uma mesa, quando o pai decidiu ir ao banheiro.
Conforme a investigação da Polícia Civil, a confusão entre a vítima e o policial civil aconteceu por causa de um copo de cerveja. Marcelo Pereira colocou o copo que estava na pia no chão antes de lavar as mãos. O policial afirmou que a vítima não teria gostado e começou a agredi-lo. Ele então sacou a arma e disparou.
Antunes foi socorrido com vida e encaminhado ao Hospital Evangélico Mackenzie em estado grave. Foi submetido a procedimentos cirúrgicos devido à gravidade dos ferimentos, mas morreu cinco dias depois. O corpo dele foi velado e sepultado na cidade de Erechin (RS).
Após o incidente, o policial civil Marcelo Pereira deixou o bar escoltado por policiais militares e encaminhado ao hospital para atendimento médico. Ele tinha marcas no rosto, segundo a defesa, compatíveis com uma agressão.
Confira o pronunciamento da filha do homem morto no bar de Curitiba:
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