Curitiba - A filha de Antônio Carlos Antunes, homem morto por um policial civil dentro de um bar em Curitiba, ficou de frente com o suspeito nesta quarta-feira (29), durante a reconstituição da situação que terminou em morte. A morte do cliente foi confirmada na madrugada de 1° de outubro deste ano pelos familiares da vítima.

O delegado responsável pela investigação afirmou à Ric RECORD que solicitou a realização da reconstituição da morte para esclarecer dúvidas sobre as circunstâncias em que ocorreu o disparo durante a briga entre o policial e o cliente.
De acordo com o depoimento do policial, ele entrou no banheiro do estabelecimento e a vítima já estava no local. O agente afirmou que usou o banheiro, foi lavar as mãos e notou um copo sobre a pia. Segundo o relato, ele pegou o copo, abaixou-se e o colocou no chão. Nesse momento, o comerciante teria reagido e dito: “Em copo de homem não se mexe”.
O policial relatou que, após a frase, foi agredido fisicamente. Ele disse que não revidou, não desferiu socos nem xingamentos, e que sua preocupação era apenas evitar que o agressor retirasse a arma que estava em sua cintura.
Ainda segundo o depoimento, os dois acabaram encostados na parede durante a briga, momento em que ocorreu o disparo.
“Ele dá esse disparo de forma de proteção, de contenção e de defesa. Ele saca essa arma, retém a arma, o agressor – o seu Antônio – já estava desferindo golpes, tenta tomar a arma dele, Isso as provas demonstram pelo braço arranhado e tudo mais, e quando ele consegue tirar esse braço, ele efetua esse disparo, por que ele já vinha sendo golpeado naquele momento. Estava entre a porta, o agressor e as paredes”, disse o advogado de defesa do policial.
Para confirmar a versão apresentada, o delegado determinou a reconstituição do ocorrido.
O policial afirmou também que se identificou como agente de segurança durante o confronto. No entanto, uma testemunha que estava dentro de uma das cabines do banheiro disse não ter ouvido o alerta. Outro depoente, um garçom que presenciou o início da confusão na porta do banheiro, afirmou que também não ouviu o policial se identificar antes do disparo.
O caso segue em investigação.
Homem morto por policial em bar de Curitiba: relembre o caso
O incidente ocorreu no BarBaran, localizado na Rua Alameda Augusto Stelfeld, local movimentado e conhecido na cidade, na noite da última sexta-feira (26). A confusão entre o homem e o policial civil aconteceu no interior do banheiro masculino. Informações preliminares apontam um desentendimento por causa de um copo na pia, que resultou em uma luta corporal e na sequência no disparo por arma de fogo.

Em uma publicação nas redes sociais, o bar onde o homem foi baleado pelo policial civil se referiu a Antônio como um cliente querido. Além disso, desejou solidariedade aos familiares da vítima.
“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do Toninho, nosso cliente querido que foi baleado na última sexta-feira. Nossos sentimentos e solidariedade a todos os familiares.
DESCANSE EM PAZ!”, disse a nota.
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