O filho de um cacique foi morto e decapitado no último sábado (12) em Guaíra, Oeste do Paraná. A vítima foi identificada como Everton Lopes Rodrigues e é membro da aldeia indígena Yvyju Avar. Ao lado do corpo foi encontrado uma carta com diversas ameaças à comunidade indígena.

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a carta continha menções a facções criminais e citava que agentes da Força Nacional de Segurança Pública também podem ser atacados.
“Aqui é o Bonde 06 do N.C.S.O. Estamos dispostos para eliminar qualquer um que atravessar o nosso caminho, principalmente quem pertence ao P.C.C. Nós sabemos que vocês paraguaio que diz ser indígena, vocês são aliados do nosso principal inimigo, que é o P.C.C. Se vocês não desocupar as terras… nós vamos matar mais de vocês. Iremos invadir as aldeias já existente, atacaremos o ônibus com vossas crianças dentro, queimaremos vivos. Não é uma ameaça vazia, mas sim recheada com ódio… O próximo ataque será contra contra esse lixo apelidado de Força Nacional. Nós avisou porque nós somos bandido, mas não covarde. Aguarde o próximo capítulo. Vão ter que andar de blindado…”, escreveram os criminosos no documento.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está investigando o assassinato do filho do cacique e encaminhou a carta deixada pelos criminosos à perícia. A Polícia Civil citou que a Polícia Federal tem auxiliado na apuração desse crime.
Ministério cita série de assassinatos contra indígenas e ‘morte bárbara’ de filho de cacique decapitado

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania emitiu nota em que classifica a morte do filho do cacique como “bárbara” e cita uma série de assassinatos contra indígenas no Paraná.
Segundo o pronunciamento, o Ministério acompanha 19 lideranças Ava Guarani no Paraná e tem trabalhado com lideranças estaduais pela segurança desses indígenas.
“Reiteramos nosso compromisso com a defesa da vida, da dignidade e dos direitos dos povos indígenas, certos de que nenhuma ameaça silenciará a luta ancestral por justiça e território”, finalizou o Ministério em nota.
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