Filho de humorista diz que ajudou na ocultação do corpo da miss por compaixão ao pai

Curitiba - O filho do humorista Marcelo Alves deixou a prisão após pagar uma fiança de R$ 500. O rapaz foi detido com o pai, por envolvimento na ocultação do cadáver da miss Raíssa Suellen Ferreira, encontrada enterrada na região de Araucária, na última segunda-feira (9). Em frente a delegacia, o jovem assumiu o erro, confirmou que pediu para o pai se entregar e contou que agiu no desespero, ao dirigir o carro com o corpo da vítima.

“Num momento de desespero, por amor e compaixão ao meu pai. Eu sei que eu errei, não estou aqui para justificar meu erro, mas para assumir ele. Foi por pura compaixão, por amor, na hora do desespero. Eu nunca cometi um crime, ele nunca tinha cometido. Eu entrei em desespero, não sabia o que fazer e, naquele momento, no calor da emoção, eu dirigi o carro”, declarou o filho do humorista.

O jovem não tem envolvimento na morte da miss Raissa. Quando o rapaz chegou em casa, encontrou o corpo da moça e o pai confessou o crime. No primeiro momento, o filho pediu para que Marcelo Alves se entregasse a polícia, porém, foi convencido a ajudar o pai a ocultar o cadáver.

A delegada Aline Manzatto, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), disse que no depoimento, o humorista Marcelo Alves contou que colocou o corpo de Raíssa sozinho no carro, que o filho apenas dirigiu até a cidade vizinha.

“Ele (Marcelo) chama o filho dele, fala que teve um problema e chama o filho. Hora que o filho dele vê (o corpo da miss), entra em desespero também. O filho tenta convencê-lo a se entregar as autoridades, mas ele fala que não. Então o Marcelo coloca o corpo da Raíssa no porta-malas e junto com o filho leva o corpo até Araucária”, esclarece a delegada Aline Manzatto.

Miss é morta após pegar carona com humorista

De acordo com as informações apuradas pela repórter Beatriz Frehner da RICtv, a Raissa veio para a capital paranaense com a ajuda de um comediante que a família conhecia lá da Bahia. Ele teria levado a menina para morar em sua casa no bairro Ganchinho. A jovem ficou um tempo no local, mas a menina resolveu sair e procurar um novo lar. 

Além disso, a reportagem apurou com pessoas próximas à menina que houve desentendimentos e ciúmes por parte da namorada do filho do comediante. Raissa conseguiu alugar um novo apartamento e foi morar com algumas amigas. 

As amigas alegaram que a Raissa recebeu uma proposta para trabalhar em Sorocaba (SP). Para as amigas, a jovem confessou que a proposta foi feita pelo mesmo humorista com quem ela morou em Curitiba.

Assim como Raissa Suellen, o humorista também é de Pedro Afonso (BA) mas estava na capital do Paraná há pelo menos 10 anos. Para a jovem, o comediante era um homem confiável. 

Segundo a Polícia Civil, a localização do corpo só foi possível após o próprio investigado indicar o local onde havia enterrado a vítima. Ele compareceu espontaneamente à delegacia, acompanhado do advogado Caio Percival, que afirmou, em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, da RICtv, que seu cliente quis colaborar com as investigações.

Conforme a delegada Aline Manzatto, da PCPR, o humorista disse que estrangulou Raíssa com um objeto conhecido como “enforca gato”. Depois disso, ele enrolou o corpo da moça em uma lona e ligou para o filho. O comediante disse que o rapaz ficou desesperado, tentando convencer o pai a se entregar. Posteriormente, o humorista colocou o corpo de Raíssa no carro e o teria deixado em algum lugar em Araucária. 

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