Curitiba - O humorista Marcelo Alves dos Santos, réu confesso da miss Raíssa Suellen Ferreira, deu detalhes do crime durante depoimento na sede da Polícia Civil do Paraná (PCPR). Em interrogatório com a delegada Aline Manzatto, o homem disse que teria se declarado para a jovem, instantes antes do crime, porém, não foi correspondido como esperava.
Marcelo revelou que para atrair Raíssa para sua residência, inventou um falso emprego para a jovem em São Paulo. Iludida com a proposta, a vítima aceitou uma carona até Sorocaba, mas no dia da viagem, ficou sabendo que tudo não se passava de uma invenção do comediante.
“Eu me declarei para ela. Eu falei, ‘não tem São Paulo’, ‘não tem emprego’, eu te trouxe aqui porque estou gostando de você. Estou me declarando, quero ficar com você. Quando eu falei isso, ela disse ‘você é mentiroso, disse que tinha um emprego em São Paulo, seu gordo, feio, nojento’. Ela gritou alto e eu fiquei com muito ódio, muita raiva, e perdi a cabeça”, confessou Marcelo Alves, na sede da delegacia policial.
O homem ainda declarou que, apesar de ser amigo de infância da vítima, nunca teve qualquer tipo de relação com Raíssa. “Eu nunca toquei na Raíssa, nunca dei um abraço, nunca dei um beijo”, contou.
Com as confissões foi decretada a prisão do humorista e o corpo de Raíssa foi encontrado enterrado em uma cova rasa, na cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A família da vítima esteve na capital paranaense para acompanhar as investigações e pede por justiça.
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“Eu espero justiça, que ele continue preso. Não é só a família que quer justiça, é o Brasil inteiro”, disse Natália Raiane, irmã de Raíssa.
Justiça mantém prisão preventiva de comediante
A Justiça do Paraná transformou em preventiva a prisão do comediante Marcelo Alves de Souza pela morte da jovem Raíssa Suellen Ferreira. A audiência de custódia aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (11).
Os advogados de defesa do humorista ratificaram a prisão em flagrante feita pela Polícia Civil, mas o juiz Leonardo Stancioli decidiu pela manutenção da prisão. O magistrado entendeu que é um caso de muita comoção social e o Ministério Público pediu a manutenção da prisão preventiva.
Além disso, o advogado Caio Percival pediu para que o suspeito fosse mantido afastado de outros presos. O juiz acatou a manifestação da defesa. O autor confesso vai ser encaminhado para a Cadeia Pública de Curitiba.
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Editor
Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.
