Curitiba - Uma frentista denunciou um cliente de um posto de gasolina em Curitiba por racismo. O caso teria ocorrido na noite da última terça-feira (5) e a vítima fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Paraná (PCPR) contra o suspeito.

No documento, a vítima detalhou o racismo sofrido no posto de gasolina em que trabalha, localizado no bairro Mossunguê. Segundo a frentista, o homem teria comprado um lanche, mas quando ela tentou entregar o alimento ao suspeito, ele se recusou e pediu para ser atendido por outra funcionária do local.
“Não quero ser atendido por você, se não fico doente. Não quero ser atendido por ela, por causa da cor dela”, teria dito o homem ao recusar o atendimento.
A vítima ainda relatou aos policiais que não conhece o suspeito, mas que ele trabalha em um shopping da região.
O Sinpospetro (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniências em Postos de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral) lamentou o ocorrido e disse estar prestando apoio à vítima.
“O sindicato foi acionado e o departamento jurídico da entidade imediatamente adotou as medidas cabíveis para a punir o criminoso. Além disso, nossa entidade requisitou as imagens do posto de combustível para a identificação do agressor e presta toda assistência jurídica e psicológica para a frentista agredida”, disse o Sinpospetro em nota.
Em nota, o advogado da vítima, Igor Ogar, disse que a ação do suspeito foi “criminosa” e que racismo “não é uma opinião, mas um crime”. Ogar ainda pediu que a Polícia Civil faça uma “investigação célere, rigor e punição exemplar”.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil apontou que está apurando o caso de racismo e que tem “realizado diligências para identificar o autor e reunir elementos que auxiliem na completa apuração do crime”.
Vídeo mostra frentista e cliente discutindo após caso de racismo em posto de Curitiba
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