Bombeiros e equipes técnicas trabalham para controlar um incêndio em uma fábrica de fertilizantes no município de São Francisco do Sul (SC), após uma explosão, por volta das 23h da última terça (24), em uma carga de nitrato de amônio. Segundo a Defesa Civil, a divulgação de que a fumaça gerada pelo incêndio é tóxica criou grande pânico, e parte da população, de 42 mil habitantes, correu para deixar a cidade do litoral norte de Santa Catarina. Segundo informações dos bombeiros, não houve vítimas fatais e algumas pessoas que estiveram mais próximas do incêndio foram encaminhadas aos hospitais da região com sinais de irritação na pele.

A Defesa Civil informou que o nitrato de amônio é uma substância oxidante e não tóxica. O órgão orienta a população a evitar o contato com a fumaça porque ela pode causar irritação na pele, mucosas, sistema respiratório e olhos. Mais de 400 pessoas que residem próximo ao local da explosão foram encaminhadas a abrigos. Cerca de 150 pessoas, entre bombeiros e pessoal de apoio, trabalham na operação neste momento. Seis caminhões-tanque estão sendo utilizados.

A Rodovia BR-280, que leva ao município, foi bloqueada para a população em geral. Técnicos de Paranaguá (PR), Brasília e São Paulo estão se deslocando para o local para uma operação destinada a controlar os riscos de uma nova explosão espontânea. Cerca de 10 mil toneladas de fertilizantes estão armazenadas no local.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos bombeiros e pela Defesa Civil é o vento que leva a fumaça a distâncias maiores. Nesses casos, a Defesa Civil recomenda que as pessoas fiquem em local fechado.

Efeitos no Paraná
O 8º Grupamento do Corpo de Bombeiros do Litoral do Paraná emitiu uma nota, afirmando que está acompanhando a evolução da situação na cidade vizinha e informa que o foco do incêndio está a 40 km de distância de Guaratuba, no litoral do Estado. A nota afirma ainda que, na dispersão da nuvem, os efeitos que podem ocasionar algum tipo de irritação nas pessoas que tiverem contato com a fumaça são gradativamente reduzidos e que não há motivos para acreditar em riscos para a população do Paraná.

Existe a possibilidade de resíduos de nuvem chegarem até o município paranaense, sentidos por um leve odor de produto químico, porém, sem causar riscos à saúde.