O fundador do Telegram, Pavel Durov, foi preso neste sábado (24) no aeroporto de Le Bourget, na França, devido a uma investigação que alega que a falta de moderação no aplicativo facilita crimes.
A prisão do bilionário russo de 39 anos gerou uma reação de Moscou, que pediu que os direitos dele fossem respeitados. A França ainda não confirmou oficialmente a prisão, mas fontes policiais francesas e russas relataram que Durov foi detido após chegar em um jato particular do Azerbaijão.
A prisão gerou grande repercussão na Rússia. A legisladora russa, Maria Butina, classificou o fundador do Telegram como um “prisioneiro político”. A investigação é liderada por uma unidade da polícia digital e a unidade nacional de polícia antifraude da França. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia exigiu acesso a Pavel Durov.
Dmitry Medvedev, ex-presidente russo, criticou Durov por deixar a Rússia e acreditar que poderia evitar cooperação com serviços de segurança estrangeiros. Ele afirmou que, mesmo Durov tentando se distanciar, o Ocidente ainda o vê como russo e, portanto, perigoso.
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Com cerca de 1 bilhão de usuários, o Telegram é influente na Rússia e na Ucrânia. Durov, com uma fortuna estimada em 15,5 bilhões de dólares, enfatizou que prefere manter o Telegram como uma “plataforma neutra” e não como um “ator da geopolítica”.
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