Curitiba - A Polícia Civil do Paraná (PCPR), através do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (NUCIBER), revelaram que um esquema criminoso desviou mais de R$ 1 milhão em salários dos jogadores Gabigol e Walter Kannemann.

Gabigol e Kannemann
Criminosos criavam contas em banco digital e pediam portabilidade para ter acesso aos salários dos jogadores (Fotos: Gustavo Aleixo/Cruzeiro e Lucas Uebel/Grêmio)

Investigação conjunta da PCPR com a Polícia Civil de Rondônia (PC-RO) apontou que o esquema criminoso consistia em criar contas bancárias e pedir portabilidade no salários do centroavante do Cruzeiro e do zagueiro do Grêmio. A quadrilha usava documentos falsos para conseguirem abrir esses registros nas instituições financeiras.

“Eles falsificavam documentos. Pediam para laranjas tirar selfies, utilizavam essas fotos em documentos falsos e incluíam dados verdadeiros das vítimas e com esses documentos abriram novas contas, pediam portabilidades de contas correntes ou salariais e quando ocorria a portabilidade os valores da conta originária passavam para a conta digital”, explicou o delegado responsável pelo NUCIBER, Thiago Lima.

Apuração da Polícia Civil apontou que Gabigol teve cerca de R$ 800 mil de salários desviados pelo grupo criminoso, enquanto Kannemann teve prejuízo na casa dos R$ 300 mil.

“Quem nos procurou foi a instituição financeira responsável por receber essas contas digitais. Os jogadores devem ter observado os prejuízos, mas normalmente as instituições financeiras absorvem esse prejuízo”, prosseguiu o delegado.

Cinco são presos por desviar os salários de Gabigol e Kannemann

Grupo falsificava documentos de jogadores de futebol
A polícia apreendeu os documentos para investigação (Foto: reprodução / PCPR)

Segundo a Polícia Civil do Paraná, cinco pessoas foram presas pelo esquema criminoso que desviou parte dos salários de Gabigol e Kannemann.

Três dessas pessoas foram presas em Rondônia e duas, incluindo o líder do grupo criminoso, foram detidos no Paraná, na manhã desta terça-feira (24), em Curitiba.

“O líder foi preso aqui em Curitiba por dois mandados, um nosso e o outro de Rondônia. Ele era responsável por administrar e movimentar as contas. Checamos que ele tinha três ou quatro passagens pelo crime de estelionato eletrônico”, pontuou o delegado.

No Paraná, foram apreendidos junto aos suspeitos presos celulares e arquivos para a produção de documentos falsos. A Polícia Civil dará prosseguimento às investigações para avaliar se existem outras vítimas além de Gabigol e Kannemann nesse esquema criminoso.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.