Entre os investigados estão dois advogados que pertenciam a organização
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, apresentou 31 denúncias criminais contra 778 pessoas apontadas como integrantes de organização criminosa que atuava em presídios do Paraná.
De acordo com as denúncias, 27 pessoas foram identificadas como pertencentes à cúpula da organização, dentre elas dois advogados. Todos os denunciados tiveram a prisão preventiva decretada em face de recurso promovido pelo MP-PR junto ao Tribunal de Justiça do Paraná. Muitas das prisões se referiam a pessoas já incluídas no sistema penal.
O recebimento das denúncias e início dos processos vai se refletir na condição prisional dos denunciados (em casos de pedido de progressão de regime, por exemplo). A investigação sobre o caso foi conduzida pelo Centro de Operações Especiais (Cope) da Polícia Civil e durou cerca de um ano.
Investigações
A investigação sobre o caso foi conduzida pelo Centro de Operações Especiais (Cope) da Polícia Civil e durou cerca de um ano. Por decisão do Poder Judiciário, 237 telefones foram bloqueados, assim como 28 contas bancárias que eram usadas pela quadrilha. A investigação começou depois que a polícia apreendeu diversos cadernos com anotações e detalhes da atuação da facção criminosa no Paraná. Foram interceptadas, com autorização judicial, mais de 30 mil ligações.
A polícia tem mais de 1.700 horas de conversas dos membros desta facção envolvendo 12 estados: Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Alagoas, Ceará, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte. O conteúdo das conversas interceptadas mostra que diversos crimes foram cometidos em benefício da organização criminosa, como tráfico de drogas, roubos de carros e residências, tráfico de armas e homicídios.