Os PMs teriam torturado física e psicologicamente dois homens, com a intenção de obter informação a respeito da localização de drogas, armas de fogo e dinheiro
Seis policiais militares foram presos nesta quinta-feira (3), acusados de tortura. As prisões ocorreram após investigação do Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Militar.
Os seis policiais teriam torturado física e psicologicamente dois homens, com a intenção de obter informação a respeito da localização de drogas, armas de fogo e dinheiro e também sobre quem vendia drogas na região onde os crimes foram praticados. O Gaeco deu início às investigações após receber a denúncia das vítimas, no mesmo dia da ocorrência dos delitos, em 21 de julho.
Segundo o Gaeco, os crimes ocorreram na noite do dia 20 de julho e na madrugada do dia 21, quando os policiais abordaram os dois homens. A tortura teria começado na casa de uma das vítimas com agressões físicas e continuou posteriormente na represa do Rio Passaúna. Lá, foram submetidas à tortura psicológica, sob ameaças de morte por tiros de arma de fogo.
PM investiga caso
Em nota, a Polícia Militar do Paraná informa que cumpriu na tarde de quinta-feira (03) os seis mandados de prisão preventiva contra policiais militares do 23º Batalhão da PM, por suspeita de tortura. A PM esclarece que as informações sobre os policiais militares suspeitos, desde o início, foram produzidas pela própria Polícia Militar, diretamente pela Corregedoria Geral da PM e pelo Comando Geral da Corporação e, por orientação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), as ações ficaram a cargo do Ministério Público, que inicialmente recebeu as denúncias.
A partir de agora, todas as demais providências de ordem administrativo-disciplinar estão sendo adotadas na forma legal e regulamentar em relação aos militares estaduais em questão. A nota destaca ainda que a Corporação, para qualquer situação denunciada, busca a elucidação de todos os fatos, e, se restar comprovada responsabilidade para qualquer um dos policiais militares, os instrumentos adequados de saneamento são adotados, na forma legal, sendo respeitados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, para qualquer militar estadual.