A garota de 13 anos que foi vítima de um estupro coletivo em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, conversou com a RIC Record TV e contou com detalhes sobre que aconteceu na noite de 16 de julho.
Ela lembra que tudo começou quando foi convidada por um amigo para ir até a residência de uma terceira pessoa. Lá o que ocorria não era necessariamente uma festa, mas muitos rapazes estavam bebendo e usando drogas. Conforme seu relato, tudo parecia estar transcorrendo sem problemas até que foi obrigada, por um dos envolvidos, a entrar em um cômodo da casa.
“Ficamos tipo eu e ele, aí chegou o dono da casa pedindo pra entrar, pedindo pra entrar. Ele bateu na porta e na janela. Daí, ele entrou e queria ter relações sexuais, e eu falei que não . Aí, já chegou mais uns quatro, três meninos, batendo e querendo entrar. O de maior estava com um arma. Daí, ele tirou essa arma da cintura, olhou para mim. Carregou a arma, olhou pra mim e colocou em cima da estante. Na hora que eu fui sair, esse de maior pegou e me jogou em cima da cama. E eu vi que eles não iam deixar eu sair de lá, né, se eu não fizesse o que eles queriam”, disse a adolescente.
Presos pelo estupro coletivo em Piraquara:
Na quarta-feira (19), um suspeito de 20 anos, o único maior de idade entre os envolvidos, foi preso pelo estupro coletivo. Segundo os responsáveis pela investigação, ele atuou como mentor do crime.
Nesta quinta-feira (20), um jovem de 16 anos foi apreendido, enquanto outros cinco menores foram identificados, mas ainda não foram localizados.
Um outro adolescente, que recebeu o vídeo do estupro e compartilhou pelas redes sociais, também foi identificado e irá responder por compartilhar vídeo envolvendo menores em atos sexuais.
Os menores de idade serão responsabilizados por um ato infracional e não por um crime, como determina a legislação brasileira.
Entenda o caso
De acordo com as investigações, no dia 16 de julho a adolescente foi convidada por um amigo, também menor de idade, para até a residência de um dos suspeitos. Na comemoração, regada a drogas e bebidas alcoólicas, tudo teria ocorrido normalmente até que ela foi obrigada a entrar num cômodo da casa.
Na sequência, ela foi estuprada por sete rapazes mediante ameça com arma de fogo. O maior de idade ainda ameaçou matar a vítima, sua mãe e seus familiares, caso a jovem contasse a alguém o que havia ocorrido.
Com medo, menina foi para a casa e manteve segrede. Porém, como o abuso sexual foi filmado, um jovem que estava na residência, mas não participou do estupro coletivo, recebeu as imagens e encaminhou para a mãe da vítima.