
Genoveva foi condenada por homicídio qualificado e o júri não levou em consideração o laudo que atestava culpa reduzida; relembre o caso!
Genoveva Quartarolli, conhecida como ‘Véva’, foi condenada por homicídio qualificado na noite desta terça-feira (30) e o júri não levou em consideração o laudo que atestava culpa reduzida. Ela deverá cumprir pouco mais de 15 anos de prisão.
A acusada ainda aguarda a realização de dois exames de insanidade para anexar em outros dois processos, morte de outras duas mulheres, que Veva é suspeita. O julgamento estava marcado, inicialmente, para o início deste ano, mas a defesa da acusada alegou insanidade mental. Ela foi transferida para o Complexo Médico Penal, onde realizou uma perícia.
‘Veva’ matou duas mulheres
Véva é suspeita de matar Tathiele Silva Bonfim, no dia 1º de novembro de 2016, e de Maria Luane de Oliveira, cinco dias depois. Genoveva Quartarolli matou as duas com golpes de faca no bairro Boqueirão, em Curitiba. Depois de assassinar às vítimas, imagens de câmeras de segurança flagraram Genoveva jogando a faca em um bueiro.
Na época, o delegado responsável pelo caso, Cássio André Dias Conceição, afirmou que a motivação dos crimes seria ciúme. “Essas meninas fumavam com o companheira dela e ela não gostava. Por isso, resolveu matá-las. Inclusive, Genoveva já teria agredido o próprio companheiro”, contou.
Família conta outra versão
A família de Maria contou a história, que foi confirmada pelo marido de Genoveva em depoimento, que a motivação do crime seria a beleza da vítima. “Ela matou minha filha por ser bonita, é isso que eu fiquei sabendo. Minha filha morreu por ser bonita”, contou a mãe de Maria Luane, chorando.
Em contrapartida, a acusada negou a versão na época e afirmou que descobriu depois que Maria tinha sido morta. “Eu estava chegando em casa quando os policiais estavam na rua. Me contaram que as pessoas que estavam em uma moto e um carro que mataram ela. Que ela se envolveu em uma briga com uma mulher”, contou tentando se defender.
A mãe da vítima, revoltada, afirmou que ‘Veva’ continuou matando pessoas porque ninguém nunca havia suspeitado dela. “Uma pessoa que vai ao mercado a noite, compra uma faca e premedita um crime…depois ela foi, ficou esperando na esquina da pensão onde minha filha morava, para matar minha filha. Você não pega uma faca para chamar uma pessoa para tomar um sorvete. Então, ela não é louca, ela sabia o que estava fazendo. Só que ela acreditava na impunidade, porque ela matou uma, duas, mas ninguém se importou, só que minha filha tinha família.”
Júri marcado para outubro de 2018
A expectativa de justiça trouxe lembranças doloridas para a família da vítima. Assista à entrevista!