
No vídeo, Gleisi diz que o ex-presidente é “amigo do mundo árabe”
A senadora e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PT-PR), divulgou nas redes sociais um vídeo gravado por ela para a emissora Al Jazeera, com sede no Catar, com tradução em árabe.
Durante a gravação, veiculada na terça-feira (17) segundo o PT, Gleisi afirma que Lula sofreu “prisão política” e “ilegal” para evitar que seja candidato à presidência nas eleições de outubro. Ainda segundo ela, o ex-presidente é “amigo do mundo árabe” e afirma que Lula está sendo vítima de “juízes parciais” e que participa de um processo “sem prova de culpa”.
As afirmações se referem ao processo envolvendo o triplex no Guarujá, no litoral paulista, em que Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No vídeo, Gleisi ainda cita que a TV Globo estaria pressionando o judiciário para a manutenção da prisão.
Em outro trecho, a senadora diz que “a maioria do povo brasileiro quer viver nos tempos de Lula” e que ele lidera as intenções de voto para a presidência – mesmo estando preso desde o dia 7 de abril. Gleisi ainda cita “manifestações diárias” pedindo a liberdade do ex-presidente.
Repercussão
O vídeo ganhou grande repercussão e Gleisi se defendeu nesta quarta-feira (18) dizendo que a veiculação é porque a “TV Al Jazeera é um dos grandes veículos de comunicação do mundo árabe que tem repercussão e credibilidade pelo compromisso com a verdade em suas coberturas”. Ainda de acordo com ela, “Associar de forma pejorativa o povo árabe a grupos terroristas (como muitos têm feito com a entrevista que dei à emissora), além de uma atitude preconceituosa é um comportamento xenófobo”, diz.
Representação
O deputado federal Major Olimpio (PSL-SP) protocolou uma representação contra Gleisi, com base na Lei de Segurança Nacional, de 1983, acusando a senadora de crimes contra o Estado e a Ordem Política e Social. As representações foram protocoladas nesta quarta-feira (18) no Conselho de Ética do Senado, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Assista ao vídeo: