
Esse é o segundo laudo apontando que Ricardo Leandro Felipe sabia o que estava fazendo
*Com informações da repórter Daniela Calsavara, da RICTV Londrina
O laudo psiquiátrico do ex-guarda municipal Ricardo Leandro Felipe, suspeito de matar três pessoas em abril de 2017 em Londrina, no norte do Paraná, reafirmou que ele estava consciente do que estava fazendo e quais seriam as consequências dos seus atos. O dado foi divulgado nesta semana.
Segundo o documento, Felipe sofre de transtorno afetivo bipolar em comorbidade com estresse excessivo, mas que a doença não seria a causa para o ataque cometido pelo ex-guarda municipal.
Esse é o segundo laudo apontando que Felipe sabia o que estava fazendo e que mataria caso disparasse contra as vítimas. Ele é suspeito de atirar contra a amiga de uma ex-namorada, uma ex-companheira e um parente dela.
O documento ainda informou que há um grande risco de Felipe repetir os comportamentos violentos e que ele tem consciência de quando uma atitude é errada.
Assista à reportagem:
O crime
Primeiro, ele foi até a imobiliária de sua namorada Josiane Amorim. Mas como a mulher não estava no local, ele acabou descarregando a arma em sua sócia Ana Regina do Nascimento Ferreira, de 34 anos, que foi morta com um tiro no rosto e outro no peito.
A namorada que escapou do homicídio contesta a versão da polícia, ela afirma que ele nunca deixou de andar armado. “Ele não pegou a arma, ele foi com a arma e saiu com a arma. Como ele fazia todos os dias. Ele estava de atestado, mas estava com a arma”, disse Josiane.
Depois Ricardo foi até a casa de sua ex-noiva, lá ele não encontrou novamente o seu alvo. No entanto, decidiu não perder a viagem e baleou a mãe da mulher, o pai, o avô em uma cadeira de rodas e o filho de 16 anos. O adolescente morreu ainda em casa vítima dos vários ferimentos de arma de fogo no peito. O pai da mulher faleceu no hospital.
A ex-companheira chegou minutos depois de tudo acontecer. “Eu estava em casa, mas eu consegui me esconder, ele não me achou. Só que quem acabou sendo alvo disso tudo foi minha família”, contou durante entrevista em 6 de abril de 2017.
O guarda-municipal roubou três carros durante a fuga e foi preso horas depois em Maracaí, no interior de São Paulo, a 120 Km de onde havia cometidos os crimes.