GM’s de Londrina que entraram em casa sem mandado podem responder por improbidade administrativa

Publicado em 25 fev 2022, às 18h54.

11 guardas municipais de Londrina, no norte do Paraná, poderão responder por improbidade administrativa, após o Ministério Público do Paraná (MPPR) ajuizar uma ação civil pública nesta semana. Os guardas são investigados por invadirem uma residência, sem mandado judicial, e torturarem os moradores.

O fato que desencadeou a ação foi uma ocorrência de perturbação de sossego atendida pelos agentes no dia 18 de julho de 2021. Segundo a denúncia, os guardas teriam invadido uma residência, onde agrediram e ameaçaram cinco vítimas, submetendo-as a intenso sofrimento físico e mental. As investigações apontaram que a violência foi empregada como forma de aplicar castigo pessoal, sendo utilizados golpes de cassetetes, chutes, socos e arma de eletrochoque.

Além disso, com o objetivo de justificar a conduta criminosa, já na delegacia da Polícia Civil, os guardas municipais teriam imputado falsamente às vítimas a prática de crimes de ameaça, desacato, resistência e infração de medida sanitária, prestando declarações falsas para desviar o curso das investigações.

Agora, o MPPR pede que os guardas, que estão afastados das ruas desde dezembro do ano passado, sejam afastados liminarmente das funções. A ação também quer a aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade, como perda de função pública, pagamento de multa civil e suspensão dos direitos políticos.

O RIC Mais Londrina tenta contato com a Guarda Municipal.

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