GM’s de Londrina que entraram em casa sem mandado podem responder por improbidade administrativa
11 guardas municipais de Londrina, no norte do Paraná, poderão responder por improbidade administrativa, após o Ministério Público do Paraná (MPPR) ajuizar uma ação civil pública nesta semana. Os guardas são investigados por invadirem uma residência, sem mandado judicial, e torturarem os moradores.
O fato que desencadeou a ação foi uma ocorrência de perturbação de sossego atendida pelos agentes no dia 18 de julho de 2021. Segundo a denúncia, os guardas teriam invadido uma residência, onde agrediram e ameaçaram cinco vítimas, submetendo-as a intenso sofrimento físico e mental. As investigações apontaram que a violência foi empregada como forma de aplicar castigo pessoal, sendo utilizados golpes de cassetetes, chutes, socos e arma de eletrochoque.
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Além disso, com o objetivo de justificar a conduta criminosa, já na delegacia da Polícia Civil, os guardas municipais teriam imputado falsamente às vítimas a prática de crimes de ameaça, desacato, resistência e infração de medida sanitária, prestando declarações falsas para desviar o curso das investigações.
Agora, o MPPR pede que os guardas, que estão afastados das ruas desde dezembro do ano passado, sejam afastados liminarmente das funções. A ação também quer a aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade, como perda de função pública, pagamento de multa civil e suspensão dos direitos políticos.
O RIC Mais Londrina tenta contato com a Guarda Municipal.