A Polícia Civil do Paraná (PCPR), com apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), cumpre 172 mandados judiciais nesta terça-feira (25), contra um grupo suspeito de aplicar o ‘Golpe do Presente’. Os criminosos se passavam por entregadores de estabelecimentos e cobravam a taxa de entrega das vítimas, porém, as maquinas de cartão utilizadas eram adulteradas e copiavam os dados das vítimas.

A suspeita é que o grupo criminoso tenha movimentado mais de R$ 14 milhões aplicando o golpe do presente. “Os criminosos procuravam vítimas que estavam fazendo aniversário e se passavam por floriculturas ou lojas de chocolate. Alegavam que precisavam entregar à vítima um presente e que iriam cobrar uma taxa referente ao motoboy”, afirma o delegado da PCPR Emmanoel David.
Entre as ordens judiciais estão 41 mandados de prisão, 90 de busca e apreensão e 41 bloqueios de contas bancárias. A ação visa desarticular o esquema que lesou 270 vítimas no Paraná, além de outras em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Golpe do presente
A investigação da PCPR iniciou há cerca de um ano e identificou a estrutura da organização criminosa, bem como seu modo de ação. Ao longo das diligências, em junho deste ano, a PCPR apreendeu, em Curitiba, 12 máquinas de cartão adulteradas que foram utilizadas na aplicação do golpe.
A vítima era orientada a realizar o pagamento com o cartão bancário. Ao inseri-lo na máquina, o motoboy simulava erros nas transações e posteriormente ia embora. “Essas máquinas eram adulteradas com softwares maliciosos que captavam as informações do cartão e a senha da vítima”, descreve o delegado.
Em outras ocasiões, os golpistas passavam valores altos sem que a vítima percebesse ou trocavam o cartão dela por outro do mesmo banco.
Após a aplicação do golpe, o dinheiro era rapidamente pulverizado para diversas contas bancárias de laranjas com o intuito de ocultar os valores e dificultar o rastreamento pelas instituições financeiras e pela polícia.
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