Marco Antonio Garcia, de 49 anos, morreu, na madrugada deste domingo (28), no hospital após ficar internado por quase dois dias. Ele é a terceira vítima fatal do grave acidente que ocorreu no Contorno Norte, trecho da PR-418, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, na sexta-feira (26).
Durante o velório de Marco, um de seus irmão contou que viu, ao vivo, o acidente pela RICTV Curitiba, mas jamais imaginou que seu próprio irmão estivesse entre as vítimas. O homem também declarou estar revoltado com a perda de alguém tão querido em mais um acidente de trânsito. “Eu tô muito revoltado, tô com muita revolta porque já que foi criado um negócio pra melhoria de circulação do movimento na cidade, então porque não faz a coisa direito. Ele era uma pessoa totalmente extrovertida, trabalhador, pai de família, pessoa guerreira”, disse inconformado.
Grave acidente no Contorno Norte deixa três vítimas fatais
O grave acidente no Contorno Norte, no início da tarde de sexta-feira, envolveu um caminhão carregado com cilindros de oxigênio e uma Ford F100. Dois ocupantes da caminhonete morreram na hora enquanto Marco foi encaminhado ao hospital.
Moradores pedem mais segurança no Contorno Norte
Ainda no domingo, moradores do bairro Lamenha Grande, região onde fica o Contorno Norte, realizaram um protesto para pedir por mais segurança para motoristas e pedestres nesse ponto da rodovia. Segundo eles, acidentes graves são constantes nos local. Recentemente, a população também realizou um abaixo-assinado e encaminhou ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER/PR) para solicitar que as autoridades tomem alguma providência sobre o trecho que eles chegaram a apelidar de “Contorno da Morte”.
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“A nossa reivindicação hoje é por causa das mortes, nós já perdemos as contas. Já perdemos as contas também de quantos deputados e políticos vieram aqui na área, fizeram vídeos, falaram que iam tomar providências e a situação continua a mesma”, declarou o eletricista Milton Araújo.
Conforme José Renato Dias, outro participante da manifestação, os moradores têm evitado passar pelo Contorno Norte e, por isso, preferem andar 5 Km a mais. “É medo, você tem que andar 5 Km a mais ‘por causa’ que não pode atravessar a rodovia”, contou.
Em 2017, outra moradora já havia entrado em contato com DER/PR para reclamar sobre os problemas do Contorno Norte. “Eu também fiz uma declaração na ouvidoria do DER, devido a quantidade de acidentes aqui, solicitando que eles providenciassem mais sinalização ou então radar que force a quem trafega por aqui a diminuir a velocidade. Isso foi em 2017 e eles me responderam que já tinha ciência do problema, da velocidade, e que a orientação era que realmente houvesse essa redução através do radar, mas até hoje nada foi feito”, contou Cristiane Moreira.
Assista à reportagem completa:
O Balanço Geral Curitiba foi até o Contorno Norte.
