A grávida morta em Canelinha, Santa Catarina, havia reclamado para uma amiga próxima que vinha sendo assediada pela suspeita. O desabafo foi feito cerca de um mês antes de ser assassinada e ter o bebê roubado de sua barriga.
Segundo o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, a testemunha contou que mesmo incomodada, por ser muito educada, a vítima não conseguiu cortar a relação que a suspeita vinha forçando.
Já o marido da grávida declarou que sua esposa não era amiga próxima da mulher e que ele não a conhecia. Contrariando as primeiras informações, quando se chegou a acreditar que as duas mulheres eram íntimas.
De acordo com o NSC Total, a suspeita declarou à polícia que escolheu a vítima porque seu período gestacional correspondia ao dela. Além disso, declarou que já conhecia a mulher, mas forçou uma aproximação nos últimos dois meses.
Suspeita abordou várias grávidas
Após a descoberta do corpo da grávida morta em Canelinha, várias gestantes relataram que também foram abordadas pelas mulher que confessou o crime. No entanto, detalhes só serão revelados pela polícia ao final da investigação.
Na última terça-feira (1º), os documentos e celular da vítima foram encontrados na casa da suspeita.
Entenda o caso da grávida morta pela suposta amiga
A mulher, de 25 anos, estava no 36º semana de gestação e desapareceu no dia quinta-feira (27). Na sexta-feira (28), seu corpo foi encontrado com o ventre aberto e sem o bebê em uma fábrica de cerâmica desativada.
Ainda na sexta-feira, depois de compartilhar fotos da vítima que era considerada desaparecida e pedir ajuda para encontrá-la pelas redes sociais, a suspeita, de 24 anos, e seu marido, de 44 anos, foram presos. A jovem nega que o homem tenha envolvimento com o crime.

De acordo com a polícia, ela confessou ter inventado um chá de bebê falso para conseguir levar a vítima até a fábrica. Lá, agrediu a mulher com golpes de tijolo e abriu o abdômen da jovem com um estilete. Na sequência, foi até uma rodovia nas proximidades e fingiu ter entrado em trabalho do parto, onde recebeu a ajuda de populares.
A suspeita então foi encaminhada para um hospital e apresentou a bebê como se fosse sua própria filha. No entanto, a equipe médica desconfiou da história porque não havia sinais de parto e a criança possuía um ferimento profundo nas costas. O qual, mais tarde foi descoberto, ter sido feito pelo estilete.
A motivação para o crime horrendo foi de que ela também estava grávida, mas perdeu o bebê em um aborto espontâneo e manteve situação em segredo para não frustrar os familiares. Durantes os meses que se passaram, ela teria fingido que continuava grávida com a intenção de roubar o bebê de outra mulher.
Exames constaram que a vítima teve o bebê retirado de sua barriga enquanto ainda estava viva. A causa da morte foi apontada como uma hemorragia causada pelo corte em sua barriga.
O RIC Mais retirou todas as informações sobre a vítima e familiares, para assegurar o sigilo da identidade da criança, como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Matéria feito com informações do ND+.