O Ministério Publico do Paraná (MPPR) ofereceu nesta segunda-feira (6) uma denúncia contra um grupo de nove pessoas que são investigadas na Operação Surreal em Londrina. Elas teriam praticado crimes de falsidade ideológica, agiotagem e lavagem de dinheiro.
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De acordo com apurações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), “laranjas” profissionais recebiam quantidades mensais de dinheiro para registrarem empresas no nome deles e assinarem escrituras públicas e outros atos.
O MPPR requer que o grupo perca a posse de R$ 6,72 milhões e vários imóveis adquiridos por meio da lavagem de ativos, que foram conquistados a partir dos crimes cometidos. Um dos imóveis é uma fazenda com 235 hectares no Mato Grosso do Sul, avaliada em R$ 2,6 milhões.
Operação Surreal
A Operação Surreal “investiga a prática dos crimes de extorsão, agiotagem, disparos de arma de fogo, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa e associação criminosa”, de acordo com o MPPR. Ela iniciou em fevereiro de 2021, após o Gaeco de Londrina receber notícia de disparos de arma de fogo contra vítimas de suposta extorsão, com possível envolvimento de agentes públicos.
Durante a primeira deflagração em março de 2022, identificaram a existência de falsa empresa de factoring utilizada para prática de agiotagem, registrada em nome de “laranjas”, para ocultar os autores dos delitos.