Suspeito também disse que tentou tirar a própria vida (Foto: Reprodução/RICTV)

O guarda municipal, suspeito de matar duas pessoas e ferir outras três em Londrina, disse não se lembrar de nada

O guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, suspeito de matar duas pessoas e balear outras três em Londrina, região norte do Paraná, foi apresentado na manhã desta quarta-feira (5) na 10ª Subdivisão da Polícia Civil de Londrina e disse não se lembrar dos assassinatos.

Em entrevista à imprensa, Ricardo Felippe disse que estava sob o efeito de medicamentos e afirmou estar arrependido.

No último fim de semana, o agente teve uma briga com a mulher, que prestou queixa contra ele por violência doméstica. Ela teria sido agredida e foi amparada pela sócia e amiga Ana Regina do Nascimento Ferreira, de 34 anos. Ricardo contou durante a entrevista que, na segunda-feira (5), recebeu uma ligação de Ana dizendo que a polícia já estava sabendo das agressões e que ele seria preso.

“Eu fiquei nervoso com aquela ligação e tomei alguns remédios para me acalmar. Só que os remédios que eu deveria tomar um comprimido, eu tomei uns seis ou sete”, afirmou.

Por estar sob o efeito desses medicamentos, o suspeito diz que não lembra de nada.

O guarda municipal chorou ao dizer que se arrepende dos crimes. “Eu tentei várias vezes tirar a minha vida. Coloquei a arma na cabeça, mas a arma falhou, disse.

“Depois eu pensei nos meus três filhos e pensei se eu não merecia uma segunda chance. Coisa que as vítimas não podem ter”, reconheceu.

Ricardo pediu perdão à Guarda Municipal de Londrina, à atual mulher, aos três filhos e também ás vítimas do seu crime. “Eu sei que um pedido de perdão não vai resgatar nenhuma vida que eu tirei, mas mesmo assim eu quero pedir perdão”, concluiu.

O crime

Na tarde de segunda-feira (3) Ricardo Leandro Felippe, que estava afastado do trabalho em virtude de um atestado médico, voltou ao serviço, bateu o ponto, pegou uma arma e saiu para cometer os crimes.

Ele matou a sócia da atual mulher. Atravessou a cidade e baleou outras 4 pessoas da família da ex-noiva. O filho dela, de 16 anos, não resistiu. Os pais e o avô, um idoso de 80 anos, também ficaram feridos. O pai da ex-noiva ainda está internado em estado grave na UTI do Hospital Evangélico de Londrina.

Porte de arma

No dia 17 de março, a juíza Zilda Romero deferiu um pedido de restrição de porte de arma contra o suspeito, em complementação às medidas protetivas já deferidas em favor da ex-noiva. No entanto, por ser guarda municipal, o porte de arma ficou autorizado durante o expediente.

Nesse mesmo despacho, a juíza expediu um mandado de busca e apreensão no endereço do suspeito para apreender uma arma de fogo particular.