Após a reconstituição do crime, a delegacia de homicídios afirmou que as evidências confirmaram a suspeita inicial de que o tiro foi efetuado por um dos agentes (Foto: Reprodução/Facebook)

Após a reconstituição do crime, a delegacia de homicídios afirmou que as evidências confirmaram a suspeita inicial de que o tiro foi efetuado por um dos agentes

O inquérito que apurou a morte do jovem Mateus Evangelista em Londrina, no norte do Paraná, foi concluído nesta terça-feira (8). Dois guardas municipais foram indiciados por homicídio e fraude processual.

Após a reconstituição do crime, a delegacia de homicídios afirmou que as evidências confirmam a suspeita inicial de que um dos agentes foi responsável pela morte do jovem de 18 anos.

O inquérito apontou que o guarda Fernando Neves é o autor do tiro fatal, segundo o delegado de homicídios, Ricardo Jorge. Por sua vez, Neves nega que seja autor do tiro e a polícia pediu pela prorrogação da prisão preventiva do agente.

Já Michael de Souza Garcia foi indiciado porque participou do fato. A polícia pediu a liberdade de Garcia porque ele passou a colaborar com as investigações. Os dois agentes também foram indiciados por fraude processual, já que teriam tentado adulterar provas do crime para dificultar as apurações do crime.

Crime

Uma equipe da Guarda Municipal foi chamada para atender uma ocorrência de pertubação de sossego no dia 11 de março, na zona norte da cidade, onde acontecia uma festa. No local, Matheus foi baleado e morreu antes da chegada de socorro.

Os agentes suspeitos afirmaram que quando chegaram no local, o jovem já estava ferido, mas testemunhas contaram que o tiro aconteceu durante a abordagem. O teste de balística deu negativo para a arma apontada pelos agentes como utilizada no dia do crime.

Investigações

13 de março: Polícia Civil informou que estaria investigando o envolvimento de três guardas municipais pela morte do jovem de 18 anos.

15 de março: Michael de Souza, GM, foi preso suspeito de ser o autor do disparo. Ele negou o crime e o exame de balística afirmou que o disparo não partiu da arma que ele disse estar utilizando naquela noite. Apesar disso, ele teve a prisão prorrogada por determinação da Justiça.

13 de abril: Fernando Neves, GM, foi preso depois do depoimento de Souza afirmando que ele acompanhou a ação de dentro do carro da corporação.

23 de abril: Polícia Civil e Militar, períto do IML e delegado responsável pelo caso fazem reconstituição do crime.