Uma guerra entre gangues terminou com ao menos 17 pessoas mortas dentro de uma prisão na cidade de Esmeraldas, no Equador, na última quinta-feira (25). De acordo com a Procuradoria-Geral da República, as vítimas foram assassinadas com extrema brutalidade, muitas delas decapitadas ou esfaqueadas.
Um agente penitenciário também morreu durante os conflitos, que seguem em investigação pelas autoridades locais.
Imagens gravadas por internos e divulgadas em redes sociais mostram corpos ensanguentados, muitos sem cabeça, jogados pelo chão de um pavilhão superlotado. A maioria das vítimas aparece com o tronco nu e coberta de sangue.
A prisão de Esmeraldas, onde ocorreu o massacre, fica na província homônima, região norte e litorânea do Equador, próxima à fronteira com a Colômbia, zona considerada estratégica para o narcotráfico internacional.
Guerra de gangues em prisão deixa 17: famílias em desespero do lado de fora
Enquanto os corpos eram recolhidos e peritos iniciavam o processo de identificação das vítimas, centenas de familiares se aglomeravam do lado de fora da unidade prisional, em busca de informações. O entorno do presídio foi isolado por militares, e o clima era de apreensão e dor.
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“Meu filho está lá dentro. Não sei se ele está vivo ou morto”, disse um homem visivelmente emocionado ao portal Meganotícias. Outra testemunha relatou que vizinhos do presídio ouviram gritos, tiros e sons de desespero por volta do amanhecer. “Disseram que os tiros não paravam, que dava para ouvir os gritos de dor”, afirmou uma mulher, que preferiu não se identificar.
Crise carcerária
O Equador vive hoje uma das piores crises carcerárias da América Latina, com dezenas de presídios dominados por facções criminosas fortemente armadas, que operam tanto dentro quanto fora das celas.
Diante da repercussão internacional e do agravamento da situação, o governo equatoriano enviou tropas militares para reforçar a segurança em Esmeraldas e outras unidades prisionais estratégicas. Em nota, o Ministério do Interior informou que o país enfrenta “uma guerra declarada dentro do sistema penitenciário”, e que ações emergenciais estão sendo adotadas.
O presidente Daniel Noboa já havia decretado estado de emergência carcerária anteriormente, mas os efeitos práticos das medidas ainda são considerados limitados por especialistas.
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Repórter
Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.
