Gustavito foi espancado e atingido com armas pontiagudas dentro de sua jaula
O hipopótamo Gustavito, de 15 anos, foi espancado e atingido com armas pontiagudas dentro de sua jaula em um ataque, descrito por autoridades locais, como “covarde e desumano”. O episódio aconteceu na última semana em El Salvador, América Central.
Na noite seguinte ao ataque, funcionários do zoolófigo perceberam que o animal recusava se alimentar e sair da piscina de sua jaula. O comportamento estranho resultou na descoberta de cortes e hematomas no rosto e no pescoço do hipopótamo, que apresentava também sinais de estresse e agonia.
A quantidade de ferimentos na cabeça do animal sugere que ele estivesse tentando se defender das facadas. A secretaria de segurança anunciou uma investigação para identificar os assassinos e qual seria a motivação do ataque ao único hipopótamo de El Salvador, que não resistiu aos ferimentos e morreu no último domingo (26).
Segundo o repórter da BBC na América Central Will Grant, apesar de o país não se chocar com assassinatos há muito tempo, a crueldade extrema que atingiu Gustavito despertou uma onda de ira e tristeza entre os salvadorenhos. No Twitter a frase mais pública é: “Perdoe-nos, Gustavito”.
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O hipopótamo chegou a El Salvador em outubro de 2004, de acordo com o site local El Faro. Antes dele, o hipopótamo Alfredito viveu no zoológico do país por 26 anos, até sua morte em 2004.
Legislação
Parlamentares locais propuseram nesta segunda-feira (27), uma reforma no Código Penal para garantir penas entre quatro e seis anos em casos de maus-tratos contra animais.
“O ato de crueldade contra o hipopótamo, um animal que não apresentava perigo a ninguém, é um reflexo da nossa sociedade doente e violenta”, disse o documento proposto pela deputada Patricia Valdivieso.
