Curitiba - Uma das vítimas do técnico de enfermagem preso por abusar de pacientes em hospitais de Curitiba revelou não ter feito testes de HIV após o caso e acusa a Prefeitura de Curitiba de descaso.

O suspeito pelos crimes segue detido de forma preventiva e é portador da doença. A vítima apontou que a Prefeitura de Curitiba não prestou assistência médica a ele, o que inclui os testes de HIV.
“Me senti violado. Minha dignidade foi roubada. A gente imagina tudo, menos que a gente não vai ser protegido em uma situação dessas”, disse a vítima em entrevista ao repórter Willian Bittar da RICtv.
A esposa da vítima disse que psicólogos do Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da Prefeitura de Curitiba recomendaram à família não contar imediatamente ao homem que ele foi vítima de abuso.
“Vamos procurar uma indenização que deve vir por esse agressor. O município de Curitiba também deve responder pelo crime”, pontua Igor Ogar, advogado da família.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Curitiba negou qualquer descaso e apontou que a vítima foi atendida e fez todos os exames necessários, além de colocar à disposição para novos atendimentos.
Homem foi apenas uma das vítimas do técnico de enfermagem
Desde o dia 29 de outubro, Wesley da Silva Ferreira está preso preventivamente em Curitiba pelo crime de abuso sexual.
O inquérito que investiga os possíveis crimes cometidos pelo técnico de enfermagem foi concluído pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). Ao todo, conforme a PCPR, foram sete vítimas.
Das sete pessoas, de acordo com a delegada Aline Manzatto, quatro foram identificadas. Duas delas foram vítimas de estupros e outras duas foram fotografadas pelo indivíduo. O número difere do publicado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) nesta sexta (8), que aponta seis vítimas.
“Diante dos fatos, o técnico foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, perigo de contágio de moléstia grave, registro não autorizado de intimidade sexual, falsificação de produtos destinados para fins terapêuticos e medicinais e furto qualificado”, afirma a delegada.
O técnico de enfermagem suspeito de abuso sexual em pacientes sedados, também produziu conteúdo pornográfico de uma criança de quatro anos em um hospital, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) nesta sexta-feira (8).
Wesley foi denunciado pelo MP-PR por estupro de vulnerável, registro e compartilhamento não autorizado de intimidade sexual, produção de conteúdo pornográfico envolvendo criança, armazenamento de conteúdo pornográfico infantil e lesão corporal de natureza grave pela transmissão de doença incurável (HIV).
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui