
Informação é da assessoria de imprensa do aplicativo; amiga da vítima diz que ela também já sabe que o homem não dirigia para o Uber
Um boletim de ocorrência a respeito de um estupro em Curitiba começou a circular nas redes sociais nesta segunda-feira (19). No documento, uma jovem de 23 anos relata ter embarcado em um veículo Fiat Marea Weekend que seria Uber e diz ter sido estuprada pelo motorista sob a ameaça de uma arma de fogo. No entanto, o homem acusado pela vítima não é motorista do aplicativo Uber. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da empresa.
Por telefone, a assessoria disse que o veículo e o telefone celular do motorista, informado pela vítima no B.O., nunca foram cadastrados na plataforma da Uber.
Além disso, uma das exigências da Uber é que o veículo tenha ano de fabricação 2008 ou superior. Uma consulta pela placa do carro no site do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) aponta que o automóvel indicado no Boletim de Ocorrência é de 2002.
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Uma amiga da vítima, que pede para não ser identificada, também informou que a jovem já sabe que o rapaz não é Uber. “A gente acha que ele se passou por motorista da Uber pra ela entrar no carro. Ela disse que estava esperando um Uber e ele disse que era ele”, relatou a amiga.
Segundo a amiga, a vítima ainda está muito abalada e não quer conversar com a imprensa.
No Boletim de Ocorrência a jovem conta que depois do abuso, o homem lhe deu uma muda de roupas dele, já que o vestido dela foi rasgado, e depois a abandonou no terminal de ônibus do Capão Raso. Ela foi então à casa da amiga, que mora na região, e contou o que aconteceu. Por insistência dessa amiga, a jovem foi até uma delegacia e prestou queixa.
Segundo o relato, o homem pensou que ela era menor de idade e se irritou ao descobrir que ela tem 23 anos. Ela disse a Polícia que o homem também tirou fotos e fez vídeo dela.
A mulher foi conduzida ao Hospital das Clínicas, onde foi submetida ao exame de corpo de delito. O crime está sendo investigado pela Delegacia da Mulher. A delegada Samia Coser não quis comentar o caso para não atrapalhar as investigações.