Homem assassinado com mais de 10 tiros pode ter relação com morte de líder comunitária

por Daniela Borsuk
com informações do repórter Tiago Silva, da RIC Record TV
Publicado em 16 jun 2021, às 12h47. Atualizado em: 17 jun 2021 às 13h56.

Foi assassinado a tiros no Conjunto Iguaçu, no bairro Ganchinho, em Curitiba, na tarde desta quarta-feira (16), Rodrigo Douglas dos Santos, de 29 anos, que pode ter envolvimento na morte de Fabíola do Rocio Rebouças, líder comunitária que atuava no bairro Caximba e que foi executada no dia 28 de abril.

A Polícia Civil vai investigar se há relação entre os dois assassinatos e se a vítima de homicídio de hoje (16), do Rodrigo, conhecido como Perninha, pode ter envolvimento ou ser responsável pela morte de Fabíola.

A delegada Tathiana Guzella, da delegacia de homicídios, que estava no local da morte de Perninha durante as apurações preliminares, disse que ainda é cedo para confirmar qualquer relação, mas que todas as linhas de investigações serão verificadas.

“É precipitado nós falarmos que há vinculação antes de termos uma prova e indicativo concreto disso, mas sim, vai ser feito o cruzamento das informações com relação aos homicídios”.

Disse a delegada.

Conforme a primeira análise da perícia, Perninha foi morto com pelo menos 11 tiros. O homem não resistiu aos ferimentos e o corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba para mais exames e para confecção do laudo.

De acordo com informações de moradores do Ganchinho, o homem não residia na região e estava nas proximidades para visitar parentes. O Tenente Borne, da Polícia Militar, afirmou que Perninha já tinha passagens pela polícia.

“Tem passagens na polícia por porte de armas, posse de drogas, então provavelmente a motivação do crime é alguma coisa relacionada à atividade criminosa”.

Disse o tenente da PM.

Líder comunitária

Fabíola do Rocio Rebouças estava dentro da cozinha da Associação dos Moradores do bairro Caximba, em Curitiba, quando foi assassinada com vários disparos no rosto e na cabeça na tarde de 28 de abril deste ano.

De acordo com moradores do bairro, Fabíola dedicava a vida para ajudar as pessoas necessitadas. Ela acordava cedo todos os dias e arrecadava alimentos para distribuir cerca de 300 refeições diárias a quem não tinha o que comer. Entre as várias ações que já coordenou para a melhorar a vida de quem vive no local, que já foi área de ocupação, também está a criação de um horta para todos.

Poucos dias antes de morrer, Fabíola havia recebido o troféu ‘Mulher Somente Mulher’, da Associação Comercial do Paraná (ACP), pelo trabalho voluntário realizado na comunidade carente da Caximba

Conforme o delegado Victor Menezes, em entrevista na época do crime, o suspeito de matar Fabíola seria uma pessoa de baixa estatura e que mancava com uma das pernas.