Homem assassinado com mais de 10 tiros pode ter relação com morte de líder comunitária
Foi assassinado a tiros no Conjunto Iguaçu, no bairro Ganchinho, em Curitiba, na tarde desta quarta-feira (16), Rodrigo Douglas dos Santos, de 29 anos, que pode ter envolvimento na morte de Fabíola do Rocio Rebouças, líder comunitária que atuava no bairro Caximba e que foi executada no dia 28 de abril.
A Polícia Civil vai investigar se há relação entre os dois assassinatos e se a vítima de homicídio de hoje (16), do Rodrigo, conhecido como Perninha, pode ter envolvimento ou ser responsável pela morte de Fabíola.
A delegada Tathiana Guzella, da delegacia de homicídios, que estava no local da morte de Perninha durante as apurações preliminares, disse que ainda é cedo para confirmar qualquer relação, mas que todas as linhas de investigações serão verificadas.
“É precipitado nós falarmos que há vinculação antes de termos uma prova e indicativo concreto disso, mas sim, vai ser feito o cruzamento das informações com relação aos homicídios”.
Disse a delegada.
Conforme a primeira análise da perícia, Perninha foi morto com pelo menos 11 tiros. O homem não resistiu aos ferimentos e o corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba para mais exames e para confecção do laudo.
De acordo com informações de moradores do Ganchinho, o homem não residia na região e estava nas proximidades para visitar parentes. O Tenente Borne, da Polícia Militar, afirmou que Perninha já tinha passagens pela polícia.
“Tem passagens na polícia por porte de armas, posse de drogas, então provavelmente a motivação do crime é alguma coisa relacionada à atividade criminosa”.
Disse o tenente da PM.
Líder comunitária
Fabíola do Rocio Rebouças estava dentro da cozinha da Associação dos Moradores do bairro Caximba, em Curitiba, quando foi assassinada com vários disparos no rosto e na cabeça na tarde de 28 de abril deste ano.
De acordo com moradores do bairro, Fabíola dedicava a vida para ajudar as pessoas necessitadas. Ela acordava cedo todos os dias e arrecadava alimentos para distribuir cerca de 300 refeições diárias a quem não tinha o que comer. Entre as várias ações que já coordenou para a melhorar a vida de quem vive no local, que já foi área de ocupação, também está a criação de um horta para todos.
Poucos dias antes de morrer, Fabíola havia recebido o troféu ‘Mulher Somente Mulher’, da Associação Comercial do Paraná (ACP), pelo trabalho voluntário realizado na comunidade carente da Caximba.
Conforme o delegado Victor Menezes, em entrevista na época do crime, o suspeito de matar Fabíola seria uma pessoa de baixa estatura e que mancava com uma das pernas.